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Biohacking: como “hackear” o corpo para otimizá-lo

Técnicas externas e internas (como "chips"), quando combinadas, podem melhorar a saúde e a produtividade

Por Giovana Santos
6 dez 2021, 12h00
biohacking
 (Artem Podrez/Pexels)
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Conhecido ao redor do mundo, o biohacking é uma técnica que promete revolucionar os mercados da estética, da beleza e da saúde e tem como objetivo aumentar o desempenho do corpo em todos os sentidos. Basicamente, por ser uma abordagem de auto-saúde para melhorar a qualidade e a longevidade de vida, a técnica busca formar humanos capazes de elevar o desempenho corporal ao nível máximo. Bem filme de ficção científica, não é?

De acordo com a médica atuante em nutrologia e medicina inegrativa, palestrante em biohacker, Dra. Roberta Genaro (@drarobertagenaro), com o método, as pessoas visam melhorar consideravelmente o desempenho do próprio corpo, com implantes ou substâncias que melhoram sua capacidade. A tradução livre da expressão diz tudo, e significa “hackear o próprio corpo”.

Há duas vertentes de abordagem do biohacking: interativa e não interativa. Segundo a profissional, os implantes que melhoram a capacidade do corpo (como os conhecidos “chips da beleza”) ou até as injeções para melhorar a visão noturna, por exemplo, entram na categoria da prática interativa.

Por outro lado, quando elementos melhoram a performance de dentro para fora, eles se encaixam na abordagem não interativa. É o caso da luz azul para dormir, do jejum intermitente para aumentar os níveis de energia e dos áudios binaurais para aumentar a concentração. “Em todos eles, o objetivo é o mesmo: hackear a própria biologia para procurar sempre a melhor versão de você mesmo”, explica a profissional.

Por mais que a técnica pareça futurista e longe da realidade, diariamente podemos esbarrar com exemplos dela no dia a dia. Afinal, quem nunca conheceu alguém que utilizasse lentes de contato para poder enxergar melhor?

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Alimentação biohacking

Não é novidade que a nossa alimentação tem ficado cada vez mais desastrosa. Hoje, o consumo de alimentos industrializados, com muito açúcar, conservantes e outras substâncias, aumentou significativamente. Como consequência, a saúde e a performance humanas saíram prejudicadas.

“No caso da alimentação, hackear a dieta significa consumir alimentos adequados que vão ser benéficos para a saúde, o foco e a produtividade. Existem inúmeros nutrientes que agem diretamente no cérebro e são capazes de melhorar o desempenho no dia a dia, como ômega-3 e vitaminas B e D. Tudo é baseado na ciência e na condição genética. Hoje, somos capazes de descobrir quais são os alimentos tolerados pelo organismo testando o próprio DNA. Temos que ter em mente que nosso corpo é interconectado”, frisa a médica.

E o sono?

Utilizar a técnica do biohacking para ter uma melhor noite de sono inclui a exposição a alguns tipos de luzes antes de dormir, além de algumas técnicas simples para o bom descanso.

“Alguns hábitos simples fazem toda a diferença na hora de dormir. Por exemplo, tente dormir em um quarto totalmente escuro. Além disso, evite ingerir cafeína após 14h ou grandes refeições antes de deitar. Na técnica biohacker, a qualidade do sono vale muito mais do que a quantidade. É neste momento que nossos órgãos se regeneram e nosso cérebro elimina todas as toxinas acumuladas durante o dia”, finaliza a profissional.

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