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5 casos em que o congelamento de óvulos é especialmente indicado

A atriz Jennifer Aniston revelou se arrepender de não ter feito o procedimento antes

Por Larissa Serpa
Atualizado em 10 nov 2022, 17h36 - Publicado em 10 nov 2022, 17h35
Mulher treinando com bebê - fortalecer o abdômen depois da gravidez
 (IuriiSokolov/Thinkstock/Getty Images)
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“Eu daria qualquer coisa se alguém tivesse me dito: ‘Congele seus óvulos. Faça esse favor a si mesma'”, disse Jennifer Aniston, atriz de séries como Friends e The Morning Show, em entrevista à revista americana Allure, na qual a intérprete relatou suas dificuldades para engravidar.

5 casos em que o congelamento de óvulos é especialmente indicado
(James Devaney/WireImage/Divulgação)

A dor de Jennifer Aniston é compartilhada por muitas mulheres, que vivem uma verdadeira luta contra o relógio para conseguir ter filhos, afinal, a fertilidade feminina é limitada, com a mulher nascendo com a quantidade de óvulos que terá durante toda a vida.

Felizmente, o congelamento de óvulos, procedimento que contribui para a preservação da fertilidade, vem se tornando cada vez mais popular.

O QUE É O CONGELAMENTO DE ÓVULOS

“O congelamento de óvulos, também conhecido como criopreservação, consiste no congelamento dos óvulos em nitrogênio líquido na temperatura de -196°C, o que inativa seu metabolismo sem prejudicar sua viabilidade. Dessa forma, os óvulos congelados podem ser usados futuramente em tratamentos de reprodução assistida, como a Fertilização In Vitro, para garantir que a mulher possa gestar uma criança”, explica o Dr. Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e diretor clínico da Neo Vita.

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CASOS EM QUE O CONGELAMENTO É ESPECIALMENTE INDICADO

A verdade é que qualquer mulher acima dos 18 anos pode congelar seus óvulos. Mas existem algumas situações em que o procedimento é especialmente indicado, o que o especialista listou abaixo:

1

Você está se aproximando dos 35 anos

Por volta dos 35 anos de idade há uma grande diminuição da fertilidade feminina, com redução significativa das chances de gestações bem-sucedidas.

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“Como a mulher já nasce com todos os óvulos que terá ao longo da vida, ocorre, com o passar dos anos, uma queda na quantidade e qualidade dessas células, o que dificulta a fecundação. E mesmo se a mulher engravidar, as chances de complicações, como erros genéticos e abortos espontâneos, é maior”, diz o especialista.

2

Você tem histórico familiar de menopausa precoce

Ocorrendo geralmente após os 40 anos, a menopausa é caracterizada principalmente pela interrupção da menstruação, marcando o fim definitivo da capacidade reprodutiva da mulher.

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No entanto, algumas mulheres podem apresentar a menopausa precocemente, antes mesmo dos 40 anos, devido a interrupção da produção de hormônios e óvulos pelo ovário.

“A menopausa precoce pode ter uma série de causas, que incluem desde maus hábitos como tabagismo até doenças infecciosas e autoimunes. Mas possui um forte fator genético. Por isso, mulheres com familiares que apresentaram sintomas da menopausa precocemente devem procurar um especialista para realizar uma avaliação da reserva ovariana e, caso necessário, congelar os óvulos, assim garantindo a possibilidade de conceber um filho no futuro ainda que entre na menopausa antes da idade convencional”, afirma o Dr Fernando.

3

Você sofre com condições que podem afetar a fertilidade

Uma série de doenças podem prejudicar a capacidade reprodutiva da mulher, como alguns tipos de tumores benignos que necessitam de cirurgia nos ovários, distúrbios hormonais e, principalmente, a endometriose, que figura como uma das maiores causas da infertilidade feminina.

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“Ocorrendo quando as células da mucosa que reveste o útero, o endométrio, crescem em locais fora do habitual, como nos ovários, ligamentos do útero, bexiga ou intestino e se espalham pelo aparelho reprodutor, o que, por si só, atrapalha o transporte dos óvulos e a implantação do embrião, a endometriose também tem como um dos seus principais tratamentos a cirurgia laparoscópica, que, se realizada com foco nos ovários, pode comprometer a reserva ovariana, assim também prejudicando a fertilidade. Logo, o congelamento de óvulos pode ser interessante dependendo do quadro da doença para que a gestação se dê por Fertilização In Vitro no futuro”, afirma o médico.

4

Você foi diagnosticada com câncer

Certos medicamentos também podem interferir na fertilidade feminina, como é o caso da radio e quimioterapia comumente utilizadas para combater o câncer.

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“Os medicamentos quimioterápicos, por exemplo, podem causar danos aos óvulos e ovários, podendo até mesmo levar a menopausa precoce. E, como é muito difícil prever exatamente qual será a ação desses medicamente sob a fertilidade, o ideal é que mulheres diagnosticadas com câncer que ainda desejam ter filhos busquem um especialista em reprodução humana logo após receberem o diagnóstico da doença para passarem por todo o processo de criopreservação dos óvulos o mais rápido possível de forma a não atrasar demasiadamente o início do tratamento oncológico”, alerta o especialista.

5

Você está passando por um procedimento de Fertilização In Vitro

A mulher pode optar pelo congelamento de óvulos mesmo durante a Fertilização In Vitro, seja porque a coleta de espermatozoides não foi suficiente para realizar a fecundação naquele momento ou porque foram coletados mais óvulos saudáveis do que o necessário para o procedimento.

“No último caso, podemos manter os óvulos congelados até que a mulher deseje engravidar novamente. E não é preciso ter pressa, pois, após passarem pela criopreservação, os óvulos se mantêm viáveis por um longo período de tempo. E, mesmo que a mulher não tenha a intenção de ter outro filho, os óvulos ainda podem ser congelados e doados para outras mulheres que estão tentando engravidar, mas não possuem óvulos viáveis”, finaliza o Dr Fernado Prado.

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