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7 situações da sua vida que sabotam a dieta (e você nem imagina!)

Alguns inimigos – espertinhos e difíceis de notar – podem sabotar a sua tentativa de entrar em forma. Reconheça esses fakes já!

Por Fernanda Meneguetti e Sibelle Pedral
Atualizado em 19 dez 2016, 12h38 - Publicado em 13 nov 2016, 08h59
 (Arthur Belebeau/)
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Pare, respire e tente responder a uma pergunta que parece simples: o que faz você ganhar peso? Provavelmente pensará no sorvete com vários toppings, um mais calórico que o outro; no churrasco com cerveja geladinha no final de semana, seguido de um cochilo; no jantar em que você se serviu do couvert, pediu a massa com molho branco, escolheu sobremesa e embalou tudo com vinho. É fácil culpar os alimentos calóricos e a postura sedentária pelo ganho de peso, mas a sua silhueta tem inimigos muito mais espertos, invisíveis e insidiosos. Situações que você não identifica à primeira vista e que são devastadoras para a sua relação com a balança. BOA FORMA ouviu vários especialistas, que oferecem ideias e sugestões para escapar dessas armadilhas – sem peso extra.

1. A promoção no trabalho

Você adora chegar em casa e pensar: “Hoje o dia foi puxado, mas eu dei conta!” A gente se sente superpoderosa. Mas tem horas em que o mundo corporativo massacra. “Lidar com a sensação de falta de tempo e de sobrecarga é o mais complicado. O alimento surge como recompensa”, diz a psicóloga Natércia Tiba, de São Paulo, autora de Mulher sem Script (Integrare Editora). Se você trabalha demais, surge a culpa por não dedicar mais atenção à família ou aos amigos. Acaba se privando de ir à academia ou ao cinema. Pula refeições e se esquece até de fazer xixi! “Então, na hora em que consegue a pausa para o sonhado cafezinho, se presenteia com um brigadeiro”, aponta Natércia.

Esse mimo não se materializa só por gulodice ou carência: “O cansaço, físico ou mental, nos leva a comer mais, especialmente doces”, explica a psicóloga Maria Marta Ferreira, de Curitiba, autora de Psicologia do Emagrecimento (Editora Revinter). Interromper esse processo de autossabotagem pede mais do que fazer escolhas saudáveis. Exige a compreensão de que a comida não vai resolver as nossas angústias e de que é preciso fazer mudanças – pequenas, como planejar as refeições para evitar ataques à geladeira depois de um dia tenso. No fim de semana, vá ao mercado, compre alimentos saudáveis e deixe tudo semipronto. Coma com calma! Entre as grandes modificações, talvez a mais profunda seja investir em autoconhecimento. “Vivemos um tempo em que trabalhar muito é chique, mas felizmente começo a ver um movimento maduro contrário a essa tendência.” E você, de que lado quer estar?

2. A demissão

A crise finalmente puxou a sua cadeira e você foi desligada em um corte de custos. A falta de emprego está longe de significar calmaria: a ansiedade dispara e as realizações ficam congeladas. “Diante da pressão para encontrar uma nova oportunidade profissional, a mulher se coloca em último plano. Tirar um tempo para si parece errado. Resistir a guloseimas, impossível”, avalia a psicóloga Natércia Tiba. Mesmo que você esteja em casa fazendo contatos e enviando currículos, procure manter uma rotina alimentar, com horários certos para comer (no máximo a cada três horas) e de forma saudável. Facilita o fato de que, nessa fase, a maioria sente necessidade de controlar os gastos. “Então, é hora de fazer as melhores escolhas com a fatia do orçamento que você reservou para a alimentação”, orienta a nutricionista Ana Claudia Montezino, de São Paulo.

Em vez de doces calóricos, compre frutas mais adocicadas, como banana, manga e mamão, que têm alto teor de frutose (açúcar natural da fruta) e ajudam a afastar a vontade de chocolate. Substitua as oleaginosas mais caras por uma xícara de café de amendoim, que sai mais em conta e é rico em nutrientes. Na hora do lanche, prefira pães integrais, que saciam mais, e recheie-os com frios leves e salada para melhorar a qualidade da refeição. Lembre-se: a fase do desemprego vai passar – e você vai precisar caber nas roupas sociais que tem!

3. As férias

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Você vai para um lugar incrível e quer desbravar tudo, o que inclui, claro, as delícias locais. Vamos supor que Paris esteja no seu roteiro: comer um croissant é uma obrigação turística, certo? Quando os pacientes perguntam como se comportar em viagens assim, digamos, saborosas, a nutricionista Ana Montezino sugere um combo de moderação e informação. “Moderação quer dizer: na Bahia, não precisa comer acarajé todo dia. Faça a lei da compensação: exagerou hoje, contenha-se amanhã. Informação significa entrar em todos os sites possíveis, e viajar já sabendo onde você pode comer leve e dentro da cultura do local.”

Outra ideia esperta é valorizar a especialidade do lugar e restringir o restante. No seu destino há ótimos queijos e vinhos? Capriche nas frutas no café da manhã e invista nas saladas no almoço para desta vez se deliciar sem culpa no jantar. “É com pequenas atitudes no dia a dia que construímos um comportamento magro, mais saudável e mais eficaz do que pular de dieta em dieta”, afirma a psicóloga Maria Marta Ferreira, de Curitiba.

Você também pode combinar com as amigas: cada vez que se servir de opções saudáveis, fotografe e envie para elas. “Em geral, as pessoas clicam pratos sofisticados e gordos, mas aqui a proposta é outra: construir uma rede de apoio à sua dieta”, explica Ana Montezino. A chef Luiza Hoffmann, de São Paulo, conta com os amigos para compartilhar refeições e petiscos menos calóricos nas viagens de férias em grupo. “Mas, se eles pedem uma porção de camarão empanado, eu pego só um e vou dar uma voltinha”, conta.

Uma boa notícia para quem está com o pé nas férias: “Quando relaxamos, nosso organismo naturalmente diminui a produção de cortisol, o hormônio do stress. Fica mais fácil regular o peso. Além disso, a tendência é que você se movimente mais e, assim, aumente a queima de calorias”, lembra a nutricionista.

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4. O casamento

Você e ele enfrentam maratonas de Netflix sob o edredom. Com direito a pipoca, tacinha de vinho, bombom… Depois, ainda saem juntos para jantar. Tudo isso é incrível, mas a companhia perfeita também pode ser aquela que prepara bowls reduzidos da pipoca (e não coloca manteiga), que convida para um passeio no parque no fim de semana e, melhor de tudo, sempre divide a sobremesa. Sair para comer é um dos programas prediletos dos casais, a gente sabe. “Se vocês querem emagrecer, o ideal é pedir um carpaccio ou um grelhado com salada como prato principal. Frear a bebida alcoólica é muito importante, pois ela tem um grande impacto no ganho de peso e na sobrecarga do fígado”, diz a nutricionista Patricia Davidson Haiat, autora do livro Dieta dos Casais (Editora Sextante). Por outro lado, há um sem-fim de preparações gostosas e saudáveis permitidas na dieta. Se ele ama cozinhar, melhor ainda! Juntem o útil ao agradável e busquem receitas fit para fazerem juntos. Vocês vão descobrir um hobby e uma nova forma de se relacionar com a comida.

5. A pausa nos treinos

Um pé torcido, uma cirurgia estética… Independentemente do motivo, o resultado é o mesmo: você terá que passar um período longe do box de crossfit ou com o mat de ioga estacionado no armário. Hora de moderar o que vai no prato. “Uma pessoa impossibilitada de malhar e de fazer exercícios aeróbicos deve reduzir as calorias consumidas em 30%, em média, para não engordar”, afirma Isaías Rodrigues, fisioterapeuta especializado em nutrição esportiva. A única coisa que pode (e deve) aumentar é a ingestão de água (algo como 1 litro ou 1,5 litro a mais) para evitar a retenção de líquidos.

O lado bom é que, em geral, quem pratica atividade física já se preocupa com a alimentação, o que facilita a manutenção do peso na parada forçada. Mesmo assim, convém reduzir carboidratos e gorduras. “Quando bate a fome, minha recomendação é aumentar o consumo de proteínas”, explica Ana Montezino. “Se você habitualmente comia um filé de 100 gramas, passe a ingerir um de até 170 gramas. Como a digestão das proteínas é lenta, a fome vai demorar mais a voltar.” Só aumentar a quantidade de salada não é a melhor alternativa nesse caso. Logo depois de comermos folhas, ficamos empanturrados pelas fibras. Porém, a digestão é rápida. “Faz mais sentido priorizar o consumo de vegetais cozidos, como brócolis e couve-flor, que são saudáveis e não têm um aporte calórico muito maior”, explica a nutricionista. Ela aconselha ainda acrescentar às refeições alguns termogênicos, como canela, pimenta moída, chás escuros e até café, desde que não exista contraindicações. Eles aceleram levemente o metabolismo, o que ajuda no controle do peso.

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Por fim, lembre-se: quem é ativa se recupera muito mais fácil e rapidamente. “Se a pessoa parou os treinos por duas semanas, mesmo retomando gradualmente, em duas semanas volta ao ponto em que estava”, afirma Isaías. E para todo mundo: tanto no repouso quanto no retorno, paciência e regularidade são o segredo para não sofrer uma nova lesão.

6. O fim do relacionamento 

Valeu, foi bom, mas não é mais. E você quer se afundar num pote de sorvete. A tensão de brigar com o namorado ou terminar um casamento desencadeia a produção de hormônios, como a adrenalina e o cortisol, que desregulam o apetite. Consequência: come-se mais, e principalmente alimentos associados à sensação rápida de prazer (leia-se: chocolate). Quando o desejo de afogar as mágoas na comida bater forte, respire fundo, vá tomar um banho relaxante, ligue para uma amiga, veja um filme. “O sofrimento cria uma oportunidade de educar nossos afetos. Para a gente aprender a atravessar os desconfortos em vez de eliminá-los”, diz a psicóloga Maria Marta Ferreira. Tente não abandonar as atividades físicas. Se puder, até intensifique o treino – durante o exercício, o corpo libera outras substâncias, como as endorfinas, que trazem bem-estar.

Assim como cuidar do shape é importante, cuide das emoções. Passou pela sua cabeça colocar silicone ou mexer no formato do nariz? Provavelmente não é a hora: “É muito comum a paciente procurar um cirurgião plástico nessa fase, mas cabe a ele detectar se a pessoa está pronta, física e emocionalmente”, orienta Karina Gilio, médica e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “Muitas vezes o desejo de se submeter a uma intervenção é uma fuga, na esperança de que isso traga o companheiro de volta. Aí passa a ser contraindicada”, ressalta Karina, que, nesses casos, recomenda sessões de psicoterapia.

7. A idade

Lembra aquela época em que quando você queria perder barriga bastava jantar salada para acordar com a cintura fininha? Até o fim da puberdade, o crescimento é um aliado natural da manutenção da silhueta. Mas daí para a frente… “Será preciso praticar uma alimentação responsável e atividade física para o resto da vida, pois, metabolicamente, há moderação de gastos”, explica o ginecologista Malcolm Montgomery, autor de Era Uma Vez a Menopausa – Hormônio – Sexo – Poder (Integrare Editora). Bons hábitos à parte, algumas fases requerem cuidado redobrado:

 

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