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Tudo sobre Mindfulness, por Luiza Bittencourt

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2ª pandemia de saúde mental no Brasil: mais pessoas ansiosas e deprimidas

Por Luiza Bittencourt
Atualizado em 10 ago 2022, 14h16 - Publicado em 10 ago 2022, 14h16
homem com dor de cabeça
 (Mental Health America (MHA)/Pexels)
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Em 2019, a OMS apontou o Brasil como o país mais ansioso do mundo e o 3o maior em casos de depressão. E os casos só aumentaram com a pandemia até o momento atual.

A covid fez com que 63% dos brasileiros se sentissem mais ansiosos e 59% mais depressivos (dados do Ipsos).

Cerca de 68,8% tem dificuldade para dormir e 59,4% acordam durante a noite (segundo o Instituto do Sono).

52% dos brasileiros apontam o estresse como grande causador de noites mal dormidas e isso consequentemente influencia na qualidade de vida. (MindMiners e Unimark/Longo).

Cerca de 30% dos brasileiros foram atingidos pela síndrome de Burnout, que agora é considerada doença ocupacional (OMS).

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A cidade de Venancio Aires, perto de Porto Alegre, tem uma das maiores taxas de suicídios no Brasil.

Nos primeiros seis meses de 2022, foram 9 óbitos e 38 tentativas de suicídio. Isso reflete um país que cada vez mais adoece mentalmente, acumulando pessoas ansiosas e deprimidas.

A morte de brasileiros por lesões autoprovocadas dobrou nos últimos 20 anos, segundo o Datasus, superando as mortes por HIV ou por acidente de moto.

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Agora um dado animador: De acordo com pesquisa realizada pelo instituto Ipsos, em 2021, 75% dos brasileiros estão preocupados com o bem-estar emocional. O levantamento revelou ainda que 8 em cada 10 entrevistados acreditam que a saúde mental é tão importante quanto a física. Nesse contexto, a meditação surge como uma excelente opção de autocuidado e relaxamento.

E a boa notícia é que não precisa de muito tempo: Richard Davidson, neurocientista americano, fala que com apenas 5 minutos diários, transformações já acontecem na estrutura do seu cérebro. Melhorando o foco, a autorregulação emocional (lidar melhor com seus sentimentos e emoções) e os níveis de compaixão.

Durante o auge da pandemia, Davidson trabalhou com mais de 600 professores de escolas públicas que estavam dando aula online, submetidos a situações extremas. Com cinco minutos de meditação por dia essas pessoas reduziram em 25% seu nível de estresse em pouco tempo. Ou seja, é possível mudar.

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A prática de meditação já era importante antes da pandemia, mas agora, cada vez, mais as pessoas entendem como uma necessidade, uma forma de ser manter são no meio da confusão e da correria. Apesar de algumas pessoas ainda serem resistentes e enxergarem a meditação como uma prática religiosa, muito difícil ou como “besteira”.

A prática de meditação Mindfulness não existe certo ou errado. Apenas perceba a sua experiência do momento sem julgamentos. É realmente para todos, é uma prática laica e não existe não conseguir meditar, pois é sobre se perceber e isso todos nós conseguimos. É muito mais simples do que as pessoas imaginam. Disso que vêm os benefícios como: redução de estresse/ansiedade, melhora do foco e da qualidade do sono, lidar melhor com suas emoções e com os desafios do dia a dia, aumentar a sensação de bem-estar e prevenir recaídas nos casos de depressão.

A prática regular promove a Neuroplasticidade, molda o seu cérebro de uma forma mais benéfica, como se fosse uma musculação do seu cérebro, mudando sua estrutura e trazendo todos esses benefícios. Portanto, se você pratica (sentindo prazer ou não), você traz mudanças para sua vida, pois você treina seu cérebro.

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Eu mesma já tive diversos problemas de saúde por conta da ansiedade: convulsões, crises de ansiedade, insônia severa, gastrite e enxaqueca. Fiz diversos tratamentos sem muito sucesso, pois estava tratando as consequências da ansiedade e não a ansiedade em si, então tudo voltava em algum momento. Quando coloquei a meditação na minha rotina, minha vida melhorou e acabei, com o tempo, tendo alta de todos os remédios que tomava para essas questões, pois aprendi a lidar melhor com a ansiedade, sem deixá-la me afetar tanto.

 

fonte dos dados:
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