Dormir não é luxo. É essência!
Quem me acompanha sabe que um dos pilares da saúde integral que eu sempre reforço em minhas palestras é a qualidade do sono. Uma noite bem dormida é fundamental para a regeneração do nosso organismo, o ajudando a renovar a energia e a fazer manutenções importantes, além de consolidar a memória.
Infelizmente, esse é um clássico exemplo de que teoria e prática não andam lado a lado. Hoje em dia cada vez mais pessoas têm recorrido às farmácias em busca de soluções para a insônia, entre elas a melatonina. Mas será que isso realmente funciona, ou está apenas mascarando um problema maior?
De acordo com o Ministério da Saúde, a insônia é a dificuldade de iniciar o sono, mantê-lo continuamente durante a noite ou o despertar antes do horário desejado. Estes episódios de insônia podem estar relacionados a vários fatores, e são bastante individuais, tais como a expectativas, os problemas clínicos, os distúrbios emocionais passageiros e a excitação associada a determinados eventos. Estamos constantemente ansiosos e estressados, não é?
Outros distúrbios que também atrapalham o sono são a apnéia obstrutiva do sono e a síndrome das pernas inquietas, os quais prejudicam não somente o sono, mas a qualidade de vida do indivíduo em geral.
Outros fatores que comprometem a qualidade do seu sono:
- alimentação pesada e gordurosa antes de dormir;
- falta de rotina do sono;
- uso de eletrônicos (luz azul);
- luminosidade e barulho.
Higiene do Sono, o caminho certeiro!
A higiene do sono é fundamental para uma boa noite dormida. De acordo com a Associação Brasileira do Sono, é necessário manter uma rotina regular no horário de deitar e levantar. Caso haja necessidade de levantar durante a noite, evite ligar luzes fortes para não inibir o processo e mantenha a temperatura do quarto confortável. Essas dicas podem te ajudar a evitar o uso de medicações para o sono sem prescrição médica.
E lembre-se: na dúvida, procure um profissional para ajudar, pois existem várias especialidades que podem tratar os distúrbios do sono. Geralmente, o primeiro diagnóstico é feito por um clínico geral que encaminha o paciente para um especialista, de acordo com os sintomas apresentados. Dependendo das queixas, o paciente será encaminhado a um otorrinolaringologista,
neurologista, pneumologista, otorrinolaringologista e até mesmo a um dentista.
E aí eu te pergunto: como você avalia a qualidade do seu sono?
BIANCA VILELA é autora do livro Respire, mestre em fisiologia do exercício pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), palestrante e produtora de conteúdo. Desenvolve programas de saúde in company em grandes empresas por todo o país há mais de 15 anos. Na Boa Forma fala sobre saúde no trabalho, produtividade e mudança de hábitos. Instagram: @biancavilelaoficial