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Usar preenchedores com frequência dá problemas?

Por DRA. BEATRIZ LASSANCE
3 jan 2023, 09h38
Vincent Besnault
Pronta para se jogar na agulha? (Vincent Besnault/Getty Images)
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Sim.

Existe um problema causado pelo excesso e uso inadequado de preenchedores que é chamado de Filler Fatigue, ou fadiga do preenchedor, que acentua os sinais do envelhecimento. 

Um rosto envelhecido pode ser comparado a um balão vazio: você enche o balão de ar para que fique todo esticado e brilhante. Mas ao esvaziar fica mais enrugado do que antes, sendo necessária então uma quantidade ainda maior de ar para manter o balão ‘desenrugado’.

Este é o conceito que está sendo chamado de “filler fatigue”. O uso excessivo desses preenchedores, que tem um efeito temporário, distende mais e mais os tecidos, assim criando a necessidade de cada vez mais preenchedor e, logo, piorando os sinais de envelhecimento.

Veja bem, o preenchedor é ótimo! Conseguimos restaurar estruturas profundas como a parte óssea, repor compartimentos de gordura perdidos, melhorar a proporção das estruturas da face e até melhorar a qualidade da pele. O problema está no diagnóstico e se há necessidade de preencher.

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O paciente procura um consultório a partir do que ele vê no espelho. Por exemplo, o famoso bigode chinês, que é o sulco nasogeniano. A causa desse sulco mais profundo pode ser a diminuição do compartimento de gordura da maçã do rosto pela idade ou emagrecimento. Simplesmente preencher esse sulco pode dar a impressão de um rosto mais pesado, mas repor essa gordura de forma adequada estende os ligamentos e reposiciona todas as estruturas, produzindo realmente um efeito “lifting”. Ou então, se os compartimentos de gordura estiverem adequados, a causa pode ser flacidez dos ligamentos.

Nesse caso, seria errado preencher qualquer coisa. O tratamento mais adequado pode ser através do uso de tecnologia, como o ultrassom microfocado, ou mesmo cirurgia de face. Consulte sempre um médico.

Respondido por:

DRA. BEATRIZ LASSANCE: Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery. Além disso, é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida. Instagram: @drabeatrizlassance

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