Filtro que muda o rosto, editor de imagem que afina a cintura, realidade virtual que mostra como ficaria seu corpo com próteses de silicone… Realmente, a tecnologia parece fazer mágica.
Contudo, esses três serviços podem contribuir para algumas pressões estéticas nada saudáveis. O cirurgião plástico Wendell Uguetto (@dr_wendell_uguetto), membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do corpo clínico do Hospital Albert Einstein, explica cada um deles:
Filtros do Instagram
São capazes de alterar estruturas anatômicas da nossa face. “Como formato do nariz, cantos dos olhos, posição de boca e orelha, e projeção das maçãs do rosto. Muitas vezes, os pacientes chegam no consultório pedindo alterações que não temos como fazer — elas envolvem em estruturas ósseas muito profundas”, diz.
Editores de imagem
Eles permitem afinar a cintura, aumentar coxas e bumbum, e esconder estrias e celulites. O médico fala que, diariamente, somos bombardeados por fotografias que mostram corpos irreais. “Isso pode gerar insatisfações e uma busca incessante por algo que nunca vai ser atingido.”
Softwares que mostram possíveis resultados de cirurgias
Por um lado, eles são bem úteis. “Projetam o resultado final de uma cirurgia. O paciente consegue ver, usando um óculos de realidade aumentada, como ficaria com próteses de silicone, ou com uma lipoaspiração… Contudo, o que acaba sendo ruim é a promessa do resultado. A pessoa acha que vai ficar exatamente igual e cobrar por isso. Mas como o organismo dela vai reagir à cirurgia é uma questão delicada.”