De que forma o overtraining pode causar desequilíbrios hormonais?
O overtraining leva à liberação exagerada de cortisol, um hormônio que favorece a lesão muscular e fadiga muscular intensa. Além disso, existem outros sintomas associados, como: a perda considerável de rendimento, de forma que os resultados não aparecem; falta de energia já no início do treino; músculos muito doloridos, devido ao treinamento anterior (lembrando que este é um sintoma que não vale como regra para os iniciantes, quando é comum que as dores musculares apareçam nesse estágio); insônia e dificuldade de ter uma boa noite de descanso; dores de cabeça; perda de apetite; irritabilidade e alterações no humor; e ocorrência de lesões.
Para evitar o overtraining, o mais importante é que a prática de atividade física seja feita sob orientação de um profissional. Também é necessário respeitar a recuperação e os dias de descanso, mantendo também uma alimentação saudável e equilibrada, sem privação de nutrientes. É possível diminuir a frequência, o que os especialistas chamam de “deload”, ou evitar treinar por algumas semanas, até que os sintomas tenham desaparecido. E, em seguida, voltar aos treinamentos de forma progressiva e com acompanhamento, respeitando os limites do corpo.
Dra. Deborah Beranger, endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ) e pós-graduação em Terapia Intensiva na Faculdade Redentor/AMIB. Instagram: @deborahberanger