No processo de fertilização in vitro, quando tem o encontro entre o óvulo e espermatozoide, quando colocamos o espermatozoide dentro do óvulo, precisamos saber se houve sinal de fertilização, em que há a fusão do pró-núcleo, material genético, do óvulo com o pró-núcleo do espermatozoide, fazendo então uma nova célula chamada zigoto, que é o embrião inicial.
Esse embrião vai duplicando o número de células, então com uma célula se tornam duas, que se tornam quatro, que se tornam oito e vai crescendo em progressão geométrica, e ao longo dos cinco aos seis primeiros dias ele se torna um embrião em estágio de blastocisto.
Blastocisto é o embrião mais desenvolvido no laboratório e é aquele que, na gestação espontânea, chega no útero, já que esse zigoto está na trompa e é transportado ao longo desses cinco a seis dias para o interior da cavidade uterina. Todo esse trajeto e evolução que aconteceria na trompa é feito no laboratório na fertilização in vitro.
O blastocisto tem alguns critérios de classificação de qualidade: um deles é a classificação morfológica em que avaliamos o tamanho do embrião e também o aspecto da célula da camada interna e externa do embrião. Dessa forma, temos uma classificação morfológica. Uma outra análise é cromossômica, para avaliar o número de cromossomos dentro das células desse embrião e aquele que tem melhor qualidade é o embrião que tem 46 cromossomos, 23 pares, que é o blastocisto euploide. O melhor embrião em termos de seleção embrionária dentro do laboratório é o blastocisto de boa qualidade morfológica, uma classificação AA, e também euploide.
DR. RODRIGO ROSA: Ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana e sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana. Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH).
