O uso excessivo de telas pode trazer algumas consequências para a saúde da cabeça de diferentes formas, seja por tensão ocular, por postura inadequada ou por exposição prolongada à luz azul emitida por esses dispositivos.
A tensão ocular resulta do esforço contínuo para focar em telas em distâncias mais curtas associado a uma frequência reduzida do movimento de piscar, o que pode levar à fadiga ocular e, consequentemente, à dor de cabeça.
Além disso, a luz azul pode perturbar o ritmo circadiano, interferindo nos padrões de sono. Tanto a privação quanto a má qualidade do sono são fatores conhecidos que contribuem para dores de cabeça e enxaquecas.
Além da dor de cabeça, muito tempo nas telas pode causar problemas posturais como dores nas costas e no pescoço – fenômeno conhecido como “techneck” – resultantes de posições inadequadas por períodos prolongados.
Também há impactos relevantes na saúde mental, acentuando quadros de ansiedades e dificuldade de concentração. O uso frequente de telas pode limitar a realização de atividades físicas, aumentando o sedentarismo e a propensão a desenvolver doenças crônicas.
Como evitar dor de cabeça causada por telas?
É importante certificar se o ambiente de trabalho está ergonomicamente correto, com a tela do computador posicionada ao nível dos olhos e a uma distância confortável. Procurar fazer pausas regulares, olhar para a janela e tentar focar em objetos mais distantes, além de utilizar filtros de luz azul nas telas ou óculos com lentes que bloqueiam esse espectro de luz. Por fim, tentar evitar o uso dessas telas cerca de uma a duas horas antes de dormir.
Dr. Felipe Mendes, neurocirurgião membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Instagram: @drfelipemendesneuro
