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O DIU de cobre é um método contraceptivo que consiste em um pequeno dispositivo normalmente em forma de T coberto por um fio de cobre que é inserido no útero. Ele funciona liberando íons de cobre que são tóxicos para os espermatozoides, interferindo na sua movimentação e, dessa forma, impedindo que eles alcancem o óvulo para fecundá-lo.
Como um dos mecanismos de ação do DIU de cobre é pela liberação dos íons de cobre dentro do útero, essa reação causa alteração na camada interna do útero e faz aumentar a produção de substâncias inflamatórias, como as prostaglandinas, fazendo com que aumente o fluxo menstrual e, consequentemente, o útero vai precisar contrair mais para eliminar esse sangramento durante o período menstrual, ocasionando as cólicas. Porém, apenas 15% das usuárias vão apresentar esse efeito colateral.
As pacientes que possuem patologias ginecológicas como endometriose, adenomiose, miomas uterinos, varizes pélvicas, geralmente, já apresentam sintomas como fluxo menstrual aumentado e cólicas. O uso do DIU pode piorar esses sintomas.
Portanto, a decisão pelo DIU de cobre como método contraceptivo deve ser tomada juntamente com um médico especialista que irá avaliar se a paciente tem alguma contraindicação e se é o método mais adequado para ela.
Melhora dos hábitos de vida, como a prática de atividades físicas regulares e uma alimentação com alimentos anti-inflamatórios, evitando industrializados, embutidos, excesso de lactose e glúten, açúcar refinado, contribuem para diminuir o processo inflamatório do organismo e, consequentemente, reduzir o fluxo menstrual e as cólicas. Quando necessário, ainda podem ser usados medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, prescritos pelo médico.
Dra. Ana Paula Leal, ginecologista e médica do Centro Médico Elsimar Coutinho Day Hospital (CEPARH).
