É uma resposta complexa. Um produto anti-idade tem, geralmente, três estágios de funcionamento: a fase inicial é de adaptação da pele, que pode durar algumas semanas. A segunda etapa é de efeito terapêutico, que pode durar semanas ou meses. A terceira fase é de tolerância, quando o ativo pode parar de trazer benefícios com uso contínuo. Existe um termo farmacológico para isso: é a ‘taquifilaxia’. O termo foi originalmente usado para descrever a tolerância que nossa pele desenvolve aos esteróides tópicos, mas especialistas também descobriram que se aplica a outros ingredientes de cuidados da pele encontrados em uma rotina diária típica. Por isso, é importante visitar regulamente o médico. A grande maioria dos estudos com ativos antissinais é feito por um curto período de tempo e o resultado final é avaliado em algumas semanas. Então, o que conta nesse caso é a prática clínica do médico para notar se houve o processo de tolerância da pele em relação a determinado ativo. Para aumentar a eficácia do tratamento anti-idade, o ideal é buscar ajuda médica para trazer mais resultados por meio de tratamentos como radiofrequência microagulhada, lasers, ultrassons e injetáveis.
Quando o paciente segue a orientação médica, o especialista notará sinais, como as rugas, flacidez, manchas e envelhecimento. Sem a orientação médica, os sinais são autoperceptíveis, ou seja, a paciente que irá observar se um cosmético teve atuação, por exemplo, contra as manchas por um tempo e depois as manchas surgiram novamente. Por isso que o melhor a fazer é ter um acompanhamento médico, que poderá adotar novas estratégias com tratamentos em consultório.
DRA. ROBERTA PADOVAN: Médica Pós-graduada em Dermatologia. Graduada em Medicina pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) e especialista em Medicina Estética e Dermatologia pela INCISA. Com participação regular em congressos, jornadas e cursos nacionais e internacionais, a médica é proprietária de duas clínicas, no no Maranhão e em São Paulo, com diversos tratamentos para saúde e beleza da pele. Além disso, atuou como médica residente no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. https://www.robertapadovan.com.br