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Testei um tratamento 100% natural para alopecia

Nossa colaboradora Marcela De Mingo experimenta o tratamento multivitaminas do Laces And Hair e conta as suas impressões

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 21 out 2024, 16h30 - Publicado em 10 dez 2021, 08h00
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Young Upset Woman In Bathroom Holding Brush With Hair , Hair Loss And Hair Care Concept (Predrag Popovski/Getty Images)
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Conviver com a alopecia não é simples. Observar os próprios cabelos rarearem e caírem cada vez mais gera um baque na autoestima muito maior do que se pensa, e o medo de nunca mais se sentir bonita novamente é assustador. O desejo de se esconder, de disfarçar o máximo possível se traduz de muitas maneiras – para mim, era evitando as fotos, sempre que possível. 

Convivo com a alopecia androgenética há anos e, hoje, me sinto feliz em dizer que, apesar de estar controlada, esse é um assunto que já não ocupa a minha mente como antes e tenho encontrado muitas maneiras de me sentir bonita e importante além dos meus cabelos. Ainda assim, quando sugeri essa matéria para a Boa Forma, a ideia era explorar o que existe de diferente no mercado. 

O  objetivo inicial era experimentar uma série de tratamentos diferentes, mas minha dermatologista pessoal foi contra a ideia – poderia sobrecarregar o couro cabeludo e interferir com o tratamento contínuo que eu já faço e que é personalizado segundo as minhas necessidades. Por isso, das minhas pesquisas escolhi aquele que era diferente de tudo o que eu já experimentei. Conto, abaixo mais sobre a condição e a minha experiência. 

Vamos por partes: o que é alopecia? 

“Alopecia é a perda de cabelo em áreas em que normalmente ele deveria crescer. É um problema que acomete homens e mulheres, podendo ser causado por influências genéticas, processos inflamatórios locais ou doenças sistêmicas”, explica a médica tricologista Dra. Luciana Passoni. “O cabelo cai em grandes quantidades em determinadas áreas, proporcionando a visualização do couro cabeludo ou da pele que antes era coberta por cabelos ou pêlos corporais.”

Nisso, é importante entender a diferença entre a alopecia e a queda de cabelo comum. No primeiro caso, a queda normalmente é resultado de alguma outra condição de saúde e, via de regra, não tem cura. Já no segundo caso, a queda pode ser gerada por uma situação temporal (como estresse ou no pós-parto) e é recuperável. 

“Geralmente a alopecia areata causa a perda de cabelo em várias partes do couro cabeludo, no formato e tamanho de uma moeda grande”, continua a médica. “O cabelo não volta a crescer naturalmente nestes casos. Por outro lado, na queda de cabelo comum geralmente os fios voltam a ficar grossos e saudáveis em pouco tempo.”

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O principal sinal indicativo da alopecia é a perda de mais de 120/150 fios de cabelos por dia – isso pode ser percebido ao encontrar fios no travesseiro, quando você acorda, quando se lava ou penteia o cabelo, ou quando se passa as mãos pelos cabelos. “A queda dos fios pode ser percebida quando é possível visualizar facilmente o couro cabeludo em algumas áreas da cabeça. A alopecia é tratada com uso de medicamentos variados (uso tópicos e via oral) e pela estimulação do folículo capilar”, diz.

A alopecia acontece em diferentes graus (podendo ir até à perda total de todo o cabelo e pêlos do corpo) e por diferentes causas. Algumas das principais são: 

  • Uso de medicamentos (para o tratamento de câncer, por exemplo);
  • Estresse;
  • Produtos químicos;
  • Doenças e condições subjacentes;
  • Reação hormonal pós-parto;
  • Má alimentação;
  • Herança genética;
  • Menopausa;
  • Tricotilomania.

Fora isso, existem os fatores que podem colaborar para o seu surgimento e agravamento, como: 

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  • Histórico familiar de calvície;
  • Idade;
  • Perda de peso significativa;
  • Outras doenças, como diabetes e lúpus;
  • Estresse;
  • Gravidez;
  • Excesso de vitamina A;
  • Falta de proteínas e alguns minerais;
  • Disfunções hormonais;
  • Deficiência de vitamina B12.

A forma como a alopecia será tratada depende 100% da correta avaliação e diagnóstico médico – por isso, em caso de queda de cabelo além do normal, a recomendação é sempre procurar um dermatologista ou tricologista. 

“Mulheres com calvície feminina podem contar com duas modalidades de tratamento: o clínico e o cirúrgico. Entretanto, o primeiro passo é procurar um especialista para diagnosticar qual a maneira mais adequada de se tratar. Cada caso deve ser avaliado individualmente para que o melhor tratamento seja escolhido – medicamentos ou transplante capilar. É muito importante que não se faça o uso de medicamentos sem a indicação de um especialista. Alguns remédios que fazem efeito nos homens podem ser prejudiciais para o organismo feminino; por isso, evite a automedicação e procure um médico”, explica. 

Teste: Tratamento multivitaminas com laser

Como comentei acima, já faço acompanhamento dermatológico e um tratamento regular para a alopecia, por isso, escolhi por um procedimento diferente do que eu estava acostumada. Já passei pelo microagulhamento e também pelo tradicional tratamento com Minoxidil. Dessa vez, escolhi por algo pontual e totalmente natural: o tratamento multivitaminas com laser do Laces And Hair, de Cris Dios

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O começo do tratamento, com aplicação do multivitaminas (Marcela De Mingo/Divulgação)

O Laces trabalha com um sistema de cronograma capilar, o que significa que o primeiro passo foi tirar fotos de todos os ângulos da minha cabeça, além de medir o comprimento do fio, para registro do momento atual do meu cabelo. 

Depois vem a primeira parte do tratamento com a aplicação do multivitaminas: uma combinação de nutrição dos fios com um creme específico  e aplicação de uma mistura de vitaminas (como a b12) direto no couro cabeludo. Aqui, o que eu mais percebi foi o cheiro das vitaminas, que, pra mim, era bastante forte e cítrico, e me acompanhou o dia inteiro. Em seguida, vem uma massagem no couro cabeludo para ajudar na absorção da bomba vitamínica e ativar a circulação da região. 

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Procedimento em andamento (Marcela De Mingo/Divulgação)

Logo depois, vem a assepsia do couro do cabelo: começa com uma aplicação de um blend de ervas à base de cânfora, que ajuda na remoção das células mortas e acúmulo de resíduos no cabelo. Isso é acompanhado com uma escovação do couro com uma escova específica, mais grossa, passada diretamente na cabeça. 

O terceiro passo é a lavagem do cabelo já com os produtos Cris Dios mais indicados para as minhas necessidades, identificadas no começo do procedimento. Saída da cadeira de lavagem, voltei para a quarta e última etapa do processo: o laser. É como uma escova, com luzes vermelhas que ajudam na absorção de todos os produtos aplicados, além de estimular o crescimento capilar. 

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O cronograma capilar e os produtos indicados (Marcela De Mingo/Getty Images)
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Depois de duas horas e meia no salão, percebi que fiz uma escolha bem acertada. Apesar de já tratar e cuidar há anos de alopecia, experimentar um tratamento com um viés mais natural foi bem interessante e pensar em seguir com o cronograma capilar – o meu conta com mais 7 sessões, com tratamentos alternados, incluindo a mesa de alquimia, para auxiliar com a questão -, foi bem tentador. 

Como todo tratamento que envolve o cabelo, leva tempo para ver os resultados. Até o momento, a impressão que ficou foi a maciez dos fios, que me acompanha dois dias depois do procedimento. O cheiro forte das vitaminas passou (ainda bem!), o que indica que elas foram muito bem absorvidas. Percebi também um brilho bastante bonito no cabelo tanto no pós-procedimento, quanto nos dias seguintes, o que foi bem legal. No mais, agora resta esperar o efeito de tudo o que foi aplicado no meu couro cabeludo.  

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O pós-tratamento, já com o cabelo seco (Marcela De Mingo/Divulgação)
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