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Plástica no nariz? A gente responde suas dúvidas!

A rinoplastia pode ser uma alternativa muito bem-vinda para quem vive implicando com o próprio nariz. Quanto melhor informada sobre o procedimento você estiver, mais satisfeita ficará com o resultado.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 22 out 2016, 16h32 - Publicado em 20 jul 2014, 22h00
Reportagem: Carla Conte - Edição: MdeMulher
Reportagem: Carla Conte - Edição: MdeMulher (/)
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Foto: Thinkstock

Os cirurgiões plásticos Alan Landecker e João de Moraes Prado Neto, além do otorrino Julio Miranda Gil, todos de São Paulo, explicam os detalhes:
 
1. Que tipo de correção eu posso fazer? 
Com a rinoplastia, dá para reduzir o tamanho, deixar o dorso fino, liso e sem saliências, estreitar as narinas, corrigir assimetrias, levantar ou afinar a ponta, além de tratar defeitos funcionais (como desvio de septo). Mas, de uma forma geral, a preferência é por afinar e arrebitar o nariz. 
 
2. Tenho medo de não gostar do resultado. Existe uma forma de prevê-lo? 
É possível ter uma boa noção de como será o “novo” nariz por meio de uma simulação computadorizada. Mas vale ter em mente que o resultado final não ficará idêntico ao desenho virtual. O recurso apenas ajuda a deixar a expectativa da paciente mais concreta e real. Algumas mulheres chegam ao consultório com uma foto de famosa servindo de modelo. Os especialistas dizem que isso não funciona, pois é fundamental respeitar a harmonia do rosto e o biótipo de cada pessoa. Um rosto com lábios carnudos, queixo proeminente e testa alta não combina com nariz pequeno assim como bochechas volumosas não se harmonizam com um muito fino. 
 
3. Todo mundo pode mexer no formato do nariz?
Teoricamente, sim (com exceção de menores de 16 anos e de pessoas sem condições de saúde para enfrentar a cirurgia). Mas é cada vez mais comum nos consultórios queixas que não condizem com a realidade. Geralmente são mulheres com depressão ou que apresentam uma preocupação excessiva com a própria imagem e enxergam defeitos que, para os médicos, não são suficientes para uma indicação cirúrgica. Os bons profissionais sabem reconhecer esses casos e recomendam um acompanhamento psicológico antes de a paciente se decidir pelo bisturi. 
 
4. Como é a cirurgia? 
A operação é relativamente rápida: dura de uma a duas horas, em média, apenas com anestesia local e um remédio para dormir. Na maioria das vezes, ela pode ir para a casa no mesmo dia. A rinoplastia não deixa nenhuma cicatriz aparente – elas ficam escondidas dentro do nariz ou no limite da narina. Existem duas técnicas: a mais comum é a redutora, que retira parte da cartilagem e do osso. Já a estruturada vai um pouco além e faz um reforço interno do esqueleto nasal com enxertos de cartilagem da própria paciente e pontos de fixação. A segunda tem vantagens, pois esse fortalecimento pode evitar que, com o tempo, o nariz apresente alterações na forma. O método ainda é pouco usado no Brasil por ser relativamente novo, difícil de aprender e ser executado. Mas isso tende a mudar. Converse com o seu médico. 
 
5. É muito agressiva? 
Quando o nariz só requer pequenas mudanças, a cirurgia é pouco invasiva e, na recuperação, há menos inchaço e manchas roxas na área operada. Mas existem casos em que é preciso quebrar o osso para fazer as alterações (de quem quer afinar o dorso, por exemplo). Nessa situação, a operação torna-se complexa e o pós-operatório mais delicado. De qualquer forma, a rinoplastia não é considerada um procedimento de alto risco – complicações, como sangramento, infecção, alterações respiratórias e estéticas, são raras. 
 
6. Quais são os cuidados pós-operatórios?
Repouso absoluto em casa por dois dias. Inchaço, manchas roxas e desconforto nasal são inevitáveis, mas não é comum sentir dor. Por duas semanas, a respiração fica mais difícil e o nariz entope com facilidade. Para amenizar o problema, recomenda-se uma limpeza nasal com solução fisiológica, além da aplicação de um remédio para desobstruir as narinas. Ficam proibidos óculos por dez dias e dormir de bruços por um mês. Após duas semanas, algumas atividades físicas são liberadas, como caminhada, bicicleta e musculação, desde que não se abaixe a cabeça. Após um mês, não há mais restrições a não ser com o sol – você deverá usar protetor solar, inclusive na cidade, e chapéu por um ano. 
 
7. Quando posso ver o resultado final?
Demora um ano, em média, devido ao lento processo de cicatrização. Cerca de 80% do inchaço some nos primeiros 90 dias. O restante leva de seis a 12 meses para desaparecer por completo. Já os hematomas duram até duas semanas. Por isso, precisa ter paciência antes de achar que a cirurgia deu errado. Apenas 15% das operações não ficam tão boas quanto o esperado e exigem algum retoque. E, na maioria dos casos de insatisfação, o defeito é mínimo e pode ser corrigido em uma segunda intervenção menos invasiva. 
 
8. O que pode dar errado?
Em alguns casos a pele da paciente não assenta perfeitamente sobre a nova estrutura, o que dá a impressão de que não houve mudança nenhuma – quem tem cicatrizes de acne está mais sujeita a esse tipo de problema. Também pode haver erro médico, como eliminação excessiva de cartilagem ou de outras estruturas de sustentação, o que deixa o nariz com a ponta caída, torto ou assimétrico. 
 
9. Como escolho o médico? 
Procurar um profissional habilitado é imprescindível para o sucesso da operação. Peça indicações para amigas próximas que ficaram satisfeitas com o resultado da intervenção e verifique se o médico é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Nos consórcios de cirurgia plástica, nem sempre o médico da consulta é o que faz a operação – fique atenta! O profissional escolhido precisa ter experiência em plástica no nariz. Em alguns casos, o cirurgião pode considerar necessária a avaliação e acompanhamento de um otorrino durante a cirurgia para corrigir desvio de septo e outras disfunções. 
 
10. Quanto custa?
O valor total do procedimento vai depender muito do médico, do anestesista e do centro cirúrgico (a operação não deve ser feita em clínicas) que você escolher. Desconfie de preços abaixo da média – nem sempre a economia no custo é um bom negócio nesse ramo.

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