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O celular pode ser a causa destes 4 problemas de pele e você nem imaginava

Notou mais espinhas no seu rosto? Marcas no pescoço? Atenção: você pode estar usando seu celular por tempo demais!

Por Amanda Panteri, Luiza Monteiro
22 Maio 2018, 16h49
menina celular
Menina mexendo no celular (skyNext/Thinkstock/Getty Images)
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Você já deve ter sentido dor de cabeça, nas mãos e no pescoço ao passar o dia inteiro curvada no celular, certo? Mas esses não são os únicos prejuízos desse hábito – cada vez mais, a ciência alerta para os risos à pele. Rugas, melasma, espinhas e alergia são alguns dos problemas que podem dar as caras antes do tempo, devido ao uso excessivo de smartphones, tablets e computadores.

Para entender melhor por que isso acontece e como evitar, conversamos com a dermatologista Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia.

Rugas

Vincos no pescoço pelo uso excessivo dos smartphones já até ganharam nome: são as rugas “Tech Neck”. E elas são cada vez mais comuns, viu? Um estudo da Universidade de Chung-Ang, na Coreia do Sul, mostrou que as marcas estão aparecendo em mulheres por volta dos 29 anos de idade – o normal é que surjam naturalmente por volta dos 40!

Claudia explica que isso ocorre devido à repetição de movimentos de curvatura com a cabeça. “A inclinação frequente para baixo acelera o processo de envelhecimento no pescoço. Formam-se sulcos, como se fossem ‘colares cervicais’”, explica a médica.

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O que propicia o quadro é o fato de a pele dessa área ser muito fina — com espessura de aproximadamente 2 milímetros — e naturalmente pouco hidratada. Por isso, não se esqueça de proteger a região. “O protetor solar deve ter, no mínimo, FPS 30 e ser reaplicado a cada quatro horas”, indica. Outra recomendação importante é a de manter o celular na altura dos olhos e a postura, sempre reta. 

Melasma

Além de estar relacionada com o envelhecimento precoce, a exposição excessiva aos raios ultravioleta, somada à falta de proteção, pode gerar manchinhas e até melasma (hiperpigmentação caracterizada por áreas escuras ou acastanhadas na pele). A luz que celulares, tablets e computadores emanam também pode contribuir para isso. “Essas telas geram alta quantidade de luz azul, mais até que a incandescente. Essa luz visível, que é toda aquela que enxergamos a olho nu, pode desencadear ou piorar doenças de pele e contribuir para o surgimento de manchas escuras”, alerta Claudia.

Isso acontece porque os raios podem causar danos nos tecidos e agir diretamente no DNA das células, deteriorando a melanina — proteína responsável pela pigmentação e proteção celular. Para evitar o processo, inclua produtos antioxidantes na sua rotina de beleza. “Muitos estudos já demonstraram que as vitaminas antioxidantes, como a C e a E, conseguem amenizar inflamações causadas pelo sol e melhorar a reserva imunológica da pele contra agressores ambientais”. Se forem usados à noite, melhor ainda: o sono é um período de regeneração do organismo e da reposição celular. Portanto, as vitaminas podem potencializar o efeito.

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Acne

Preste atenção: se as espinhas estão aparecendo principalmente na bochecha e no queixo em apenas um lado do seu rosto, você pode ter caído na “zona do telefone”, que é onde o colocamos para atender ligações e escutar áudios. Por ser um objeto com alta concentração de bactérias — estudos indicam que chega a conter a mesma quantidade de um banheiro público —, o smartphone transfere oleosidade e sujeira para a face, fatores que obstruem os poros. Nosso corpo reage com um aumento da produção de sebo e, quando você vê, as bolinhas vermelhas já apareceram.

É claro que existem muitos outros fatores que podem causar a acne, e o ideal é que se consulte um dermatologista. Porém, você já pode começar a evitar a chateação higienizando bem a tela do celular (álcool isopropílico é uma solução) e não espremendo as espinhas de jeito nenhum!

Alergias

O cromo e o níquel, presentes nas baterias dos celulares, são dois componentes relacionados com o aparecimento de alergias na pele. “Segundo a Associação Britânica de Dermatologistas, a alergia a níquel afeta 30% da população no Reino Unido e figura entre as dermatites de contato mais comuns”, diz Claudia. A recomendação é usar capinhas para seu aparelho e ir ao médico caso a irritação na pele apareça.

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