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Nova toxina botulínica é aprovada nos Estados Unidos

A nova substância traz diferencial relacionado com a durabilidade e está prevista para ser comercializada em 2023

Por Juliany Rodrigues
15 set 2022, 16h00
Mulher aplicando botox na testa
 (Cottonbro/Pexels)
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A toxina botulínica é bastante conhecida e utilizada para a correção de rugas e de marcas de expressão. Agora, uma novidade acabou de chegar: o DAXI, termo abreviado do inglês cujo termo científico é daxibotulinumtoxinA-lanm. 

Assim como a toxina botulínica que já conhecemos, o DAXI também é uma toxina injetável do tipo A que ocasiona a paralisação da musculatura na região em que é aplicada para diminuir as linhas de expressão.

Entretanto, a novidade traz um diferencial relacionado com o tipo de proteína injetada, que garante ter uma durabilidade de até três vezes maior do que a tradicional toxina botulínica.

Os resultados referentes ao uso do DAXI foram publicados em um estudo divulgado esta semana pela Revance Therapeutics, no Jornal da Dermatologia Americano. Vale ressaltar que a nova substância foi aprovada pelo FDA, agência reguladora americana. 

“Este novo tratamento poderá ser utilizado em diferentes áreas para a melhora e revigoramento da pele, para frisar o tecido e dar o tônus que o paciente procura, suavizando as marcas de expressão associadas ao envelhecimento”, esclarece a dermatologista Valéria Campos, especialista pela Harvard Medical School, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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“Segundo o estudo, outra grande diferença é o método da aplicação, que é feito em uma única injeção, e não por áreas, o que torna o método mais indolor”, afirma a dermatologista.

De acordo com os resultados obtidos pelo estudo com o DAXI, a nova substância possui uma eficácia de 6 meses para mais. Isso significa que os músculos do local onde ela é aplicada só começam a ceder após 28 semanas do procedimento.

É importante dizer que outras toxinas similares tendem a durar, no máximo, de três a quatro meses.  “Ao que tudo indica, o DAXI também poderá pode ser usado como todas as toxinas do tipo A, já utilizadas no Brasil, tanto do ponto de vista estético quanto terapêutico, para tanto, ainda é necessária a validação da Anvisa para essa novidade chegar por aqui”, ressalta Valéria.

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Outra vantagem do DAXI é a durabilidade, pois a pandemia, o estresse, a atividade física constante e de alto impacto, podem ocasionar a diminuição da durabilidade do procedimento.

“A minha experiência no consultório demonstra uma queda significativa na duração da toxina. Outro ponto importante é o intervalo entre as aplicações, que deve ser de, no mínimo, quatro meses, porque os retoques podem desencadear um efeito vacina que fazem com que o tratamento perca o efeito”, conta a médica.

Nos Estados Unidos, a nova substância foi aprovada para a comercialização na quinta-feira, 8 de setembro. A responsável pela aprovação foi a Food and Drug Administration (FDA), que regula a utilização desses neuromoduladores injetáveis. 

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“Agora é questão de tempo para que o DAXI possa ser utilizado por aqui, mas as expectativas são bem promissoras”, enfatiza a dermatologista.

Além de auxiliar na correção de linhas de expressão, de acordo com a médica, o DAXI também poderá se mostrar efetivo para o tratamento de outras condições, entre elas a rosácea, enxaqueca, cicatrizes, hiperidrose e até mesmo da depressão, assim como a toxina botulínica que já é conhecida. 

A médica americana Michelle Green realizou um estudo que aponta que os testes em pacientes mostraram máxima eficácia do DAXI ao longo dos ensaios clínicos. A nova substância apresentou cerca de 97% de eficácia, uma porcentagem que é maior do que a média de todos os produtos da mesma categoria. 

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Outro dado relevante é que, segundo a própria fabricante, 6% dos usuários testados com o DAXI tiveram dor de cabeça após a aplicação. Além disso, apenas 2% apresentaram problemas com o caimento da pálpebra.  “Como qualquer outra toxina, é possível que alguns pacientes apresentem efeitos colaterais adversos, que podem ser resolvidos em consultório por médico dermatologista”, explica a Dra. Valéria.

 

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