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Harmonização facial: tudo o que você precisa saber

O procedimento, como todos os ligados à estética, exige a análise rigorosa de um profissional e um entendimento dos seus efeitos e riscos

Por Larissa Serpa
17 jun 2021, 09h00
Harmonização facial
 (Vincent Bernaud/Getty Images)
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Há algumas semanas, o nome do ator Zac Efron rodou a internet. O motivo? A harmonização facial que ele supostamente fez e, segundo a opinião de alguns internautas, não caiu bem. Independentemente do resultado do procedimento no ator, é um fato que tem se falado muito em harmonização, principalmente porque virou febre entre os famosos.

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O que é harmonização facial? 

Partindo do princípio, vamos entender o esse nome significa: segundo a cirurgiã plástica Tatiana Moura, harmonização facial é um conjunto de procedimentos que são indicados para a correção volumétrica e de ângulos da face dos pacientes, geralmente usando produtos à base de ácido hialurônico, um velho conhecido dos produtos de cuidados com o rosto que previnem o envelhecimento da pele. Algumas vezes, a harmonização pode contar também com a inclusão de próteses no rosto, como uma forma de harmonizar as proporções dos dois lados da face. 

“As regiões mais alteradas na harmonização facial são as maçãs do rosto, têmporas, mandíbula (incluindo o queixo), nariz e boca”, complementa o Dr. Mário Farinazzo, cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “Esses procedimentos são realizados, em sua maioria, no consultório, sob anestesia local, e em aproximadamente 40 minutos a uma hora. O paciente pode voltar às suas atividades no mesmo dia.”

Como é feita a harmonização facial? 

“É feita uma análise rigorosa da face, dividindo-a em terços horizontais e verticais, e analisamos déficits de projeção ou excesso de volume e, dessa forma, podemos harmonizar mudando ângulos e vislumbrando quando necessário”, explica a Dra. Tatiana.

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Quem faz uma harmonização deve esperar uma mudança sutil no próprio rosto, mas que traz uma sensação de equilíbrio. É como se as estruturas da face agora combinassem mais entre si. “O segredo é realizar alterações pontuais em locais bem definidos após a avaliação do médico”, diz o Dr. Mário. Isso evita uma sensação comum que se tem ao acompanhar muitas pessoas pela internet que fizeram esse procedimento: de que todas elas têm o mesmo rosto, com os mesmos traços e os mesmos lábios preenchidos.  

Em teoria, não existem contraindicações para a harmonização facial, já que o ácido hialurônico é produzido naturalmente pelo nosso organismo. 

“O resultado vai depender bastante do desejo do paciente e da parcimônia e técnica do profissional que aplicar, por isso é muito importante uma anamnese detalhada comparando exame físico com as expectativas do paciente”, continua Tatiana. “Lembrando que um bom resultado é aquele que harmoniza a face da pessoa de uma forma personalizada e não como uma receita de bolo onde todos os pacientes irão ficar parecidos.”

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O procedimento do momento? 

Com o crescimento das redes sociais, em especial dos filtros do Instagram, e a busca pela foto perfeita para postar no feed, a procura por procedimentos como esse aumentaram no Brasil – que, aliás, é um dos campeões mundiais em procedimentos estéticos no mundo. 

É fácil entender porque influenciadores digitais e celebridades decidiram “harmonizar” o rosto. “A harmonização facial é uma técnica que pode ser usada em muitos casos, para rejuvenescimento facial em pacientes com pouca flacidez, correção de assimetrias, aumento de projeção de queixo para pessoas com hipomentonismo, melhora da projeção nasal, entre outros”, explica Tatiana. 

Tudo isso, aliás, pode ser tratado de uma forma simples, pouco invasiva (bem menos que uma cirurgia, por exemplo) e de recuperação rápida, com pouquíssimos efeitos colaterais. Mas, importante notar, o mercado de estética consome muita novidade o que, claro, costuma ser perigoso. “Principalmente quando não há uma regulamentação adequada e profissionais não habilitados começam a fazer estes procedimentos. A popularidade se dá também pelo baixo custo praticado por profissionais não médicos de forma indiscriminada”, continua. 

Por isso, assim como qualquer procedimento estético, é essencial procurar um médico especializado e de confiança para avaliar benefícios e riscos antes de considerar um procedimento como esse. Principalmente porque ele não é permanente e, além do investimento inicial, serão necessários retoques para manter a harmonização do rosto.

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