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Fazer sardas com micropigmentação vale a pena? Entenda os riscos

Descubra como funciona o procedimento e se ele é recomendado por profissionais

Por Juliany Rodrigues
21 fev 2024, 16h30
micropigmentação de sardas
Saiba por quais razões a micropigmentação de sardas não é recomendada | (cookie_studio/Freepik)
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As sardas são pequenas manchas de pigmento que surgem na pele devido a fatores genéticos e também à exposição solar. Elas já foram vistas como imperfeições a serem corrigidas, mas, ao que tudo indica, nos últimos anos, elas passaram a ser desejadas.

No Tik Tok, por exemplo, a hashtag #sardasfakes (ou #fakefreckles, em inglês) tem chamado a atenção, com vídeos que mostram o passo a passo de makes e dicas de produtos para fazê-las.

Além disso, as sardinhas realizadas com a técnica de tatuagem são outra tendência do momento. Mas será que esse procedimento é seguro e realmente vale a pena? Saiba mais a seguir!

 

 

COMO FUNCIONA A MICROPIGMENTAÇÃO DE SARDAS?

“A prática de tatuar sardas no rosto por meio da técnica de micropigmentação, assemelhada à maquiagem definitiva, consiste na aplicação suave de pigmento na pele facial. Essa abordagem, menos invasiva do que a tatuagem permanente, utiliza micropigmentos introduzidos nas camadas superficiais da epiderme através de uma agulha extremamente fina”, explica a Dra. Marcella Alves, dermatologista da clínica Les Peaux.

QUAIS SÃO OS RISCOS?

Segundo a Raphaella Bahia, micropigmentadora que está à frente da FR Microcenter, tatuar sardas não é uma prática recomendada.

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“É algo muito complicado porque é uma moda que vai passar e o procedimento dura muito tempo, podendo até mesmo ser definitivo. Além disso, segundo os dermatologistas, pode atrapalhar na hora de avaliar um possível câncer de pele e pode ter o efeito alterado a partir do uso de produtos clareadores. E o pior é que não necessariamente vai atingir o resultado desejado, pois uma coisa é a sarda natural e outra é a artificial”, argumenta.

A Dra. Marcella reforça que a técnica pode dificultar o diagnóstico de condições de pele. “A mudança na coloração das sardas falsas, causada pela oxidação da tinta usada na micropigmentação, pode interferir na avaliação visual de irregularidades, podendo prejudicar a detecção precoce de sinais suspeitos“, alerta.

“Portanto, é crucial que os profissionais de saúde estejam cientes desse aspecto ao examinar pacientes que tenham se submetido a procedimentos de micropigmentação, uma vez que a alteração na tonalidade das sardas artificiais pode representar um desafio visual para o diagnóstico clínico”, completa a médica.

Ainda de acordo com Alves, em alguns pacientes, podem ocorrer reações alérgicas. “Além disso, é válido ressaltar que qualquer forma de micropuntura pode resultar em cicatrizes elevadas, que, inclusive, podem se tornar hipertróficas, demandando posterior tratamento. A escolha por esse método deve ser precedida por uma cuidadosa avaliação dos potenciais riscos e uma consideração consciente dos cuidados pós-procedimento”, avalia a especialista.

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TEM COMO REMOVER?

Métodos como peelings químicos e tratamentos a laser podem ser utilizados para atenuar ou eliminar os pigmentos depositados na pele, sendo ideais para quem quer modificar ou reverter a micropigmentação das sardas.

No entanto, é fundamental lembrar que a remoção completa pode variar de acordo com diversos fatores, incluindo a profundidade da aplicação, o tipo de pigmento utilizado e a resposta individual da pele de cada pessoa.

“Isso significa que ela não é garantida em todos os casos, e múltiplas sessões podem ser necessárias. Dessa forma, é crucial passar em uma consulta com um profissional qualificado para avaliar a viabilidade da remoção e determinar o melhor curso de ação com base nas características específicas da micropigmentação e da pele do indivíduo”, alerta a Dra. Marcella Alves.

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