A transpiração é algo natural e importante para nosso organismo: através do suor controlamos a temperatura de nosso corpo. Naquelas situações que a gente está com o corpo com excesso de temperatura, iremos produzir mais suor para conseguir equilibrar essa temperatura corporal que deve se manter entre 36,5 mais ou menos.
No mercado, existe diversas formas e opções de controlar – e até mesmo inibir – esse processo que as glândulas sudoríparas fazem.
DESODORANTE X ANTITRANSPIRANTE
Ana Carolina Suman, dermatologista, explica que o desodorante ajuda no controle do odor do suor do nosso corpo. “Na verdade, o suor em si não tem cheiro, mas como temos a nossa pele colonizada por bactérias e fungos e a região da axila é uma região que possui um número maior desses microrganismos, a decomposição do suor por eles é que causa o mal cheiro. Então o objetivo do desodorante é controlar esse odor”, conta a profissional.
Já os antitranspirantes possuem a função de diminuir a produção de suor pois contêm ativos como sais de alumínio que diminuem a produção de suor. “Então nem todos os desodorantes vão conter esses sais de alumínio com o objetivo de controlar somente o odor. Já o antitranspirante, obrigatoriamente, contém essas substâncias que diminuem a produção de suor pela glândula sudorípara”, finaliza a dermatologista.
Os desodorantes naturais
Nos últimos anos os desodorantes naturais vem ganhado força em movimentos sustentáveis e veganos como uma maneira de causarem menor dano ao meio ambiente, animais e até mesmo ao nosso corpo. “Desodorantes naturais são produtos feitos com elementos da natureza que agem neutralizando o mau odor e também ajudando a reduzir a proliferação das bactérias presentes nas axilas. Os desodorantes naturais levam em sua composição, ativos como os óleos essenciais de rosa-mosqueta, rosa-damascena e ylang-ylang, que atuam neutralizando o odor corporal”, explica a dermatologista Natasha Crepaldi e apesar de ser algo relativo, para aqueles que possuem uma pele mais sensível, podem ser mais saudáveis do que desodorantes tradicionais. “Pode-se dizer que óleos costumam ser menos irritativos que os compostos alcoólicos e os sais de alumínio, porém dependendo da forma de extração e da concentração do óleo, este pode se tornar irritativo”, explica a profissional.
Além disso, eles são boas opções para quem quer saber exatamente o que aplica na pele e possui a vantagem de permitir a criação de produtos personalizados como hidratantes, perfumados ou de acordo com as necessidades, porém suas desvantagens são a chance de ineficácia, curta durabilidade e alto risco de alergia.
Apesar de ser natural, Natasha não o recomenda para todos. Pessoas com o odor forte, segundo Natasha, podem acabar não obtendo a proteção necessária com desodorantes naturais, pois os desodorantes naturais não tem ativos potentes nos principais fatores causadores do odor forte que são proliferação de bactérias e produção em excesso de suor “
A melhor alternativa para quem tem suor forte é usar antitranspirantes com concentrações maiores de sais de alumínio, ou manipulados por dermatologistas, loções antibióticas e até mesmo aplicação de Botox nas axilas para ajudar a diminuir a produção de suor”, conta a dermatologista. Por isso a profissional só recomenda para pessoas que tem muito pouco odor e suor nas axilas, e somente se funcionar o uso de um óleo essencial, que pode ser o de melaleuca.