As manchas costumam aparecer depois do verão, mas há métodos para você passar o ano todo livre delas
Foto: Thinkstock
As manchas estão entre as maiores preocupações das mulheres que vão ao dermatologista – ficam atrás apenas de acne e micose. Não é à toa: elas podem surgir muito antes de você virar a casa dos 30! Aos 20 e poucos, manchas castanhas, pequenas e irregulares (as melanoses solares) aparecem em quem abusou do sol.
Garotas jovens que tomam pílula anticoncepcional podem notar o surgimento de manchas que geralmente marcam a maçã do rosto, testa ou buço por causa da ação dos hormônios (os melasmas). E quem nasceu com a pele morena pode perceber, de repente, uma nova marquinha escura depois de tomar uma picada de mosquito ou da cicatrização de uma espinha bem inflamada.
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“Até os 25 anos, existe maior homogeneidade da distribuição do pigmento na pele. Depois disso, a cor do rosto começa a ficar irregular”, explica Sandra Hugenneyer, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Sorte nossa que existem boas soluções para deixar a pele mais uniforme. Saiba quais são as suas armas e consulte um dermatologista para escolher o tratamento ideal para você.
Por que elas aparecem?
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As manchas são resultado da produção exagerada de melanina, um tipo de pigmento que dá cor à pele. O sol é um dos principais responsáveis por esse descontrole. Até nos melasmas, em que o grande gatilho é o hormônio, os raios ultravioleta agravam a situação. Por isso, FILTRO SOLAR é palavra-chave na prevenção e, também, no tratamento desse problema. Pense bem: já que você vai gastar os tubos (literalmente) com cremes e consultas, vale a pena caprichar na proteção para manter o resultado.
Os cremes manipulados
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Eles são uma das primeiras opções dos dermatologistas. Depois de avaliar a sua pele, o médico prescreve uma fórmula específica para você. Grande parte das substâncias despigmentantes interfere no mecanismo que regula a síntese da melanina. Outros ativos são capazes de absorver e controlar a distribuição desse pigmento na pele. Nos manipulados, a concentração das substâncias ativas é mais alta do que nos cosméticos tradicionais. A da hidroquinona (um clássico para tratar manchas), por exemplo, fica entre 2 e 5%. Nos produtos vendidos nas farmácias, não passa de 1%. Isso se traduz em resultados mais rápidos e perceptíveis. Veja os ativos mais utilizados.
1. Hidroquinona ainda é a mais prescrita. Inibe a ação da tirosinase, uma enzima relacionada à produção de melanina. Deve ser utilizada por no máximo nove meses, pois pode provocar irritação em quem tem pele sensível.
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2. Idebenona, nova queridinha dos experts, tem efeito clareador tão potente quanto o da hidroquinona. Melhor: é mais segura, sem tantas reações adversas.
3. Ácido kójico, despigmentante derivado do arroz, promove um resultado mais leve.
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4. Clarinskin II é extraído do gérmen do trigo e também controla a síntese de melanina. Destaque: é liberado para o uso em gestantes, vantagem raríssima no mundo dos cremes clareadores.
5. Cosmocair C250 equilibra a produção da melanina e regula sua transferência para os queratinócitos – células da epiderme. 6. Nano White, ativo que associa arbutin (despigmentante de origem vegetal) a outros ingredientes de efeito antioxidante, como a glutationa e as vitaminas C e E.
Vantagens: além das substâncias despigmentantes, os manipulados podem conter filtro solar e ingredientes que combatem o envelhecimento, o ressecamento ou o excesso de oleosidade, tudo no mesmo pote. Desvantagem: são mais instáveis e, portanto, duram menos tempo. Fique de olho na data de validade.
Peelings superficiais seriados
Dos tratamentos realizados nas clínicas, eles são os mais indicados para as manchas, pois removem apenas a camada superficial da pele – os mais profundos podem piorar o problema. Alguns ativos dos peelings superficiais seriados (feitos com intervalos de 15 dias entre uma aplicação e outra) são os mesmos dos cosméticos. O que muda é a concentração: um creme manipulado com ácido retinóico tem de 0,01% a 0,1% desse ativo, enquanto um peeling, por exemplo, tem de 1 a 5%. Não provocam dor nem tiram a paciente de circulação. Depois da primeira sessão, a pele fica levemente avermelhada e, após três ou quatro dias, pode descamar, mas de maneira discreta. Conheça três novos peelings antimanchas.
ICP (Innovation Concept Peel)
É uma mistura de vários ácidos, como o salicílico (remove a camada superfi cial da pele), o retinóico (ativa a renovação celular) e o kójico (tem ação clareadora), em altas concentrações. O médico passa uma fi na pincelada sobre o rosto como se fosse uma máscara. A paciente vai para casa e retira o ICP depois de quatro horas.
Números de sessões: de uma a três.
Preço por sessão: em média 300 reais.
Belides
É o nome comercial do peeling feito com o extrato da flor da margarida (Bellis perennis). Além de conter polifenóis e flavonóides, substâncias de efeito antioxidante, esse ativo interfere na produção e distribuição da melanina.
Número de sessões: de quatro a seis.
Preço por sessão: em média 200 reais.
Amelan
Primeiro, no consultório, o dermatologista aplica um creme com ácido kójico, ácido azeláico e hidroquinona, associados a alfaquimiotripsina, substância que potencializa o efeito desses despigmentantes. Depois, o produto, em uma versão mais fraca, é usado em casa por um ano.
Número de sessões: quatro.
Preço por sessão: entre 400 e 600 reais. O creme para manutenção custa cerca de 500 reais e dura entre 40 e 60 dias.
Vantagens: os resultados aparecem mais rápido do que com o uso dos cremes. Por serem peelings suaves, você não precisa ficar em casa, de molho, até a pele se refazer. Desvantagens: como as aplicações são feitas em várias sessões, exigem muitas idas e vindas ao consultório. Atenção: isso demanda uma certa disciplina sua para o tratamento dar um bom resultado.
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