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Cremes anti-idade funcionam mesmo?

Será que esses cosméticos realmente são capazes de reverter os sinais do envelhecimento? Entenda!

Por Juliany Rodrigues
7 nov 2023, 17h13
Dermatologista explica como os cremes anti-idade atuam na pele | (freepik/Freepik)
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Nas prateleiras das farmácias, é possível encontrar uma variedade de cosméticos que prometem reverter os sinais de envelhecimento da pele, minimizando rugas, tratando flacidez e melhorando a textura. Mas, afinal, será que os cremes anti-idade funcionam mesmo?

“Infelizmente, ainda não existe nenhum creme capaz de reduzir a flacidez da pele, eliminar rugas já instaladas, estimular a produção de colágeno de maneira significativa ou reverter um ‘bigode chinês’”, responde a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Segundo a especialista, o ativo tópico mais eficaz para melhorar a qualidade da pele continua sendo o ácido retinoico, que já é usado há mais de 20 anos. “Ele estimula a renovação celular e, por isso, ajuda a prevenir rugas e até atenuar linhas finas”, conta.

Para eliminar rugas, firmar a pele e devolver o viço, as alternativas mais eficazes são os procedimentos estéticos realizados em consultórios. “Existem diversas tecnologias como ultrassom microfocado, laser e radiofrequência, além de injetáveis como a toxina botulínica, bioestimulador de colágeno e preenchedores. Quem já fez alguma dessas técnicas sabe bem a diferença entre o seu resultado e o uso de um creme”, ressalta.

A médica ainda lembra que mesmo algumas substâncias como caviar, ouro ou extrato de seda, presentes em cosméticos caríssimos, não são absorvidas pela pele.“Tudo isso é puro marketing. Por isso, a visita a um dermatologista é importante. Um profissional capacitado, após o exame dermatológico da pele, pode receitar cremes que realmente farão diferença para cada pele, hidratando ou promovendo ação antioxidante e protetora”, assegura.

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ENTÃO, NENHUM CREME FUNCIONA?

“Os cremes podem ajudar a prevenir o envelhecimento, mas não são capazes de revertê-lo. Na maioria das vezes, o indicado é, além da limpeza adequada da pele, usar um antioxidante (vitamina C) pela manhã antes do protetor solar (FPS 30 no mínimo). A vitamina C potencializa o efeito do protetor solar e ajuda a proteger a pele da poluição, que acarreta a formação de radicais livres na pele e acelera seu envelhecimento”, fala a médica.

“À noite, o ideal seria intercalar um ácido (retinoico, glicólico ou azelaico, dependendo da pele de cada pessoa) com um hidratante. Assim, garantimos a hidratação da pele (fundamental para não acelerar o processo de envelhecimento) e sua renovação celular”, completa.

Portanto, ao invés de sair comprando produtos que se dizem milagrosos, o mais recomendado é procurar um dermatologista, pois esse profissional irá receitar tratamentos que realmente farão a diferença para a sua pele e que tenham um custo justo.

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