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Camuflagem de olheiras: como funciona o procedimento permanente

Especialistas alertam sobre a camuflagem permanente na região

Por Juliany Rodrigues
28 mar 2023, 12h21 • Atualizado em 21 out 2024, 16h45
camuflagem de olheiras
 (Jupiterimages/Thinkstock/Getty Images)
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  • Recentemente, a influenciadora e empresária Joyce Ferreira, viralizou ao compartilhar o resultado de um procedimento estético de camuflagem de olheiras permanente. Contudo, o procedimento não saiu como o esperado e, ao invés de disfarçar a coloração escurecida da região, a influenciadora acabou ficando com manchas claras (parecida com corretivo) abaixo dos olhos. 

    O procedimento na influencer Joyce Ferreira não saiu como esperado
    (./Reprodução Instagram)

    No geral, a camuflagem é realizada com tinta de tatuagem em diferentes situações na estética, como para definir lábios, disfarçar estrias e agora, também na pele fina ao redor dos olhos — o que não é recomendado por especialistas, que alertam para os riscos dessa “tatuagem” definitiva nesta região. “É uma área complexa e altamente vascularizada, com pele delicada e fina e com uma circulação linfática lenta com tendência, em alguns pacientes, a ter inchaço local”, explica o dermatologista Victor Bechara, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). 

    COMO É FEITA A CAMUFLAGEM DE OLHEIRAS

    Joyce relatou em sua conta no Instagram, que as olheiras escuras a incomodavam desde criança e a tinta usada para o procedimento tinha o mesmo tom de sua pele. “Lembro que ela [a profissional que realizou o preenchimento] pediu uma base minha, fez a mistura para que ficasse da minha cor e até falou ‘bingo’ quando conseguiu”, revelou Ferreira.

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    A camuflagem de olheiras é realizada por meio de equipamentos, pigmentos e agulhas de tatuagem. “Trata-se de um procedimento no qual o profissional, através de um equipamento com pequenas agulhas, aplica o pigmento na pele para camuflar defeitos de cores e cicatrizes inestéticas da pele”, conta Bechara.

     RISCOS E EFEITOS NA PELE

    Apesar da ideia inicial de uniformizar o tom da pele, a cor da camuflagem pode mudar ao longo do tempo, causando manchas na região ao redor dos olhos. “Após a camuflagem, já é possível ver a diferença da tonalidade na pele. Isso sem contar que a exposição ao sol e o envelhecimento ao longo do tempo, fazem com que a pele perca fibroblastos e colágeno, e isso modifica os fagócitos que encapsularam aquela tinta naquele local, então piora a textura da pele e a coloração realizada com a camuflagem”, alerta a médica dermatologista Geisa Costa.  

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    Além disso, os especialistas apontam a dificuldade em remover o procedimento (não é possível nem com o uso do laser) e o grande risco de alergia aos componentes da tinta, graves infecções na pele e até mesmo nos olhos. “A camuflagem não é a alternativa para amenizar as olheiras. Quem sofre com essa condição deve procurar um médico dermatologista para entender o que pode ser feito a respeito para uniformizar o tom da pele ao redor dos olhos”, aponta Costa

    TIPOS DE OLHEIRAS

    Antes de realizar qualquer procedimento ou tratamento com produtos na delicada região das olheiras, é indicado descobrir qual é o seu tipo de olheira – com a avaliação e orientação de um médico dermatologista. Bechara explica:

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    •  Olheiras escuras acastanhadas melhoram com laser, luz intensa pulsada e peelings.
    • Olheiras roxas com luz intensa pulsada.
    • Olheiras profundas com preenchimento e fios filler.
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    • Olheiras com flacidez melhoram com laser ablativo fracionado, peeling, liftera, entre outros.

    “Pele é estímulo constante. O ideal é começar a cuidar desde cedo, por meio do acompanhamento dermatológico; tratamentos personalizados na clínica, com uma frequência determinada (seja semanal, quinzenal ou mensal); e cuidados específicos em casa, o que é chamado de academia da beleza. Você pode completar os cuidados com corretivo e maquiagem, produtos testados dermatologicamente”, finaliza Costa.

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