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Analise cromática: a ciência por trás

As cores são uma forma de comunicação não verbal , o que comunicamos com as cores que vestimos?

Por Amanda Ventorin
26 jul 2022, 10h00
arara de roupas
 (Ksenia Chernaya/Pexels)
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Nos últimos tempos, a analise cromática vem ganhando força nas redes sociais (tendo até mesmo filtros para descobrir sua paleta de cores). A analise (ou teste de coloração pessoal) consiste em descobrir quais cores e tonalidades harmonizam melhor com cada tipo de pele, ajudando a manipular as cores a seu favor.

As cores têm o poder de afetar nossa emoção e até nossa razão, mexendo com nosso inconsciente e diretamente com nosso bem estar. Nós conhecemos muito mais sentimentos do que cores. Por isso, cada cor pode produzir mais do que um sentimento e efeito – inclusive contraditórios.

A CIÊNCIA POR TRÁS

Eva Heller, em seu livro “A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão” diz que todas as cores despertam algum tipo de sentimento no indivíduo, e que essas influências se alteram de acordo com contexto, referências culturais, históricas e sociais. A autora afirma que “a cor num traje será avaliada de modo diferente do que a cor num ambiente, num alimento, ou na arte” (HELLER, 2012, p.23)¹.

Outro aspecto abordado pela autora é que algumas cores quando combinadas com outras têm seu significado alterado, como por exemplo, o vermelho que é relacionado ao amor, mas que combinado com o preto, tende a caracterizar ódio. Em outro exemplo, cita que o vermelho e amarelo juntos remetem à alegria, mas que ao acrescentar o preto à essa combinação, o sentimento em relação à tríade se altera para “egoísmo”.

“Isso reforça que a cor é uma forma de comunicação não verbal e seus significados provém da cultura e valores de cada povo, de modo que se pode afirmar que a cor do vestuário irá influenciar a percepção que as outras pessoas terão de você naquele momento” explica Valesca Sperb Lubnon, docente de Design de Moda do Unipê.

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Outro exemplo, as cores quentes (como os vermelhos e amarelos) causam efeito estimulante na mente, proporcionando a percepção de calor, aconchego e intensidade. Em contraste, as cores frias (como azuis e verdes) proporcionam frescor, leveza e tranquilidade.

“A preferência por determinada cor(es) está associada a fatores psicológicos, sociológicos e fisiológicos. Porém, algumas vezes a escolha de uma cor é determinada pela utilização que ela poderá ter em função de algo (noiva=branco, luto=preto, religiosidade=azul claro). A partir de hábitos sociais que se estabelecem durante toda uma vida, fixam-se reações psicológicas que norteiam tendências individuais” completa a profissional.

COMO É FEITA A ANALISE CROMÁTICA 

A análise pode ser feita sozinha, diante do espelho, seguindo dicas encontradas na internet, porém, recomenda-se a orientação de um profissional especialista que, além das cores, também indicará quais são os tipos de modelagens que valorizam sua silhueta, pois o stylist está sempre ligado nas tendências de moda e saberá fazer a combinação perfeita entre o seu gosto pessoal, as melhores cores e peças para cada momento do seu cotidiano.

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Para fazer a análise, são seguidos alguns passos básicos:

  • Sente-se diante do espelho em local bem iluminado (luz profissional ou natural)
  • Esteja sem maquiagem, sem acessórios.
  • Esteja vestindo blusa de cor neutra (de preferência cinza).
  • Se seu cabelo não possui cor natural, use uma faixa de cor neutra para cobri-lo.
  • Neste momento, o profissional irá apresentar diversas cores de tecidos, posicionando-os na altura dos seus ombros. É possível notar os efeitos benéficos das cores no mesmo instante, por isso é importante que o teste seja feito de modo presencial, pois as telas digitais alteram a intensidade e tom das cores influenciando diretamente no resultado.
  • Será definido se sua pele recebe melhor cores quentes ou frias, fortes ou claras, terrosas ou coloridas, brilhosas ou foscas.
  • Existem vários métodos de classificação de cores disponíveis, sendo que os mais queridos são o método sazonal e o sazonal expandido

“Acredito que como tudo na vida, o resultado da análise de coloração pessoal não deve ser analisado isoladamente. Esse tema é muito rico e a ideia não é escravizar as pessoas com determinados métodos ou falta de mobilidade para se vestir no dia a dia. Se conhecer melhor e ter uma análise crítica do que se realmente gosta sem se engessar em métodos é a chave. Nunca perder a individualidade é o que nos faz únicos!” compartilha Marcela Ohana, CEO da Dash.

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