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10 dúvidas sobre abdominoplastia: será que é para você?

No ranking das cirurgias estéticas mais desejadas pelas mulheres, a abdominoplastia já está entre as primeiras. Será que quem procura por esse procedimento sabe se os resultados reais combinam com o sonho da barriga sequinha?

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 22 out 2016, 18h31 - Publicado em 30 out 2013, 22h00

A abdominoplastia já ultrapassou a cirurgia de coloração de prótese de silicone nos seios
Foto: Getty Images

Segundo um estudo feito pelo instituto de pesquisas Ideafix, a pedido da Mentor Worldwide LLC, fabricante de produtos médicos, a abdominoplastia já ultrapassou a colocação de prótese de silicone nos seios e está em segundo lugar na lista dos procesimentos mais desejados pelas mulheres de 18 a 45 anos, atrás apenas da lipospiração. Reunimos então as 10 dúvidas mais comuns sobre a cirurgia para você entendê-la melhor!

1. Como é feita a abdominoplastia?

Quando a mulher engravida ou engorda muito, o abdômen dilata e os músculos da região se afastam. Depois que o bebê nasce ou os quilos vão embora, eles podem voltar ao normal ou, então, permanecer um pouco separados. “Nesse caso, reposicionamos essa estrutura ao fazer uma costura com vários pontos, chamada de plicatura”, explica o cirurgião Wilson Cintra Júnior, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. O excesso de pele é puxado para baixo e cortado. Depois, a costura é feita horizontalmente, na altura dos pelos pubianos, e o buraquinho do umbigo é refeito.

2. Verdade que a cicatriz é muito grande?

Depende. Quanto menor a retirada de pele e de gordura, menor o tamanho da marca. “Além disso, não dá para prever exatamente se ela vai ficar mais suave ou perceptível porque depende da genética da paciente”, explica Bárbara Machado. “Digo sempre que há uma troca: você melhora o contorno do corpo e, com isso, ganha uma cicatriz que pode, sim, ser extensa, às vezes de ponta a ponta da barriga.”

3. Existe alguma contraindicação para a operação?

“Não se faz a cirurgia em menores de 18 anos”, diz Cintra Júnior. “Se o paciente tiver alguma restrição alérgica, anestésica ou problemas de coagulação, também não pode se submeter ao procedimento.” Os fumantes precisam passar por uma avaliação ainda mais rigorosa do que a habitual porque a nicotina contrai os vasos sanguíneos e atrapalha a irrigação dos tecidos.

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4. Quem não teve filhos, mas planeja ser mãe, pode recorrer à técnica?

Não é o ideal, mas pode. “Com a gravidez, os músculos vão se afastar novamente, porém, menos do que antes. A flacidez também será menor”, diz Cintra Júnior. Uma mulher que nunca engravidou, mas já foi obesa, por exemplo, passa pelo mesmo processo de afastamento da musculatura que a gestante enfrenta. Se o emagrecimento foi rápido, como costuma acontecer depois da cirurgia bariátrica, a sobra de pele pode ser maior. E aí vale consultar um cirurgião de confiança para verificar se o procedimento é indicado nesse caso. Mas definitivamente não é o tipo de cirurgia para quem não tem excesso de flacidez abdominal e quer apenas perder a barriga. Se dieta e exercícios físicos não derem conta, o profissional pode recomendar a lipoaspiração.

5. Como saber se a abdominoplastia é técnica mais indicada para alisar o abdômen?

“Fique de pé e leve o tronco levemente para a frente. Se conseguir segurar somente a pele da região abaixo do umbigo, converse com seu médico sobre a possibilidade de fazer a abdominoplastia”, diz Golcman. Se não conseguir, mas perceber flacidez, pode ser o caso de uma miniabdominoplastia. O procedimento é o mesmo, só que em uma área bem menor e, em alguns casos, sem a necessidade de costurar o músculo. (Veja Cada Corpo, uma Sentença).

6. Ouvi dizer que as famosas fazem logo após o parto. Pode?

Não. “A mulher que dá à luz tem um período de aproximadamente 40 dias de puerpério, em que acontece uma série de alterações na coagulação, na parte hormonal e na retenção de líquidos”, afirma Cintra Júnior. Por isso, não se deve fazer nenhum tipo de cirurgia estética nessa fase. “Depois, se a paciente voltar à atividade física, vai recuperar o contorno corporal e pode nem precisar da operação.” É por isso que os cirurgiões aguardam, em média, seis meses para avaliar a necessidade do procedimento.

7. A operação acaba com as estrias do abdômen?

“Se elas estiverem na parte que for retirada, geralmente abaixo do umbigo, sim. Caso contrário, pode acontecer apenas de melhorar o aspecto delas, mas nada vai fazer com que sumam”, diz Cintra Júnior.

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8. Quanto tempo dura a cirurgia?

“De uma hora e meia a três horas e meia”, diz Golcman. O período de internação fica em torno de 48 horas.

9. Como é o pós-operatório?

“A recuperação dura entre 15 e 21 dias, quando já dá para voltar a dirigir e trabalhar. Só não vale pegar peso. Se houver plicatura dos músculos, o período sobe para um mês”, afirma Golcman. Como os hematomas demoram até quatro meses para desaparecer, nada de praia nessa fase, já que o sol causaria manchas. Além disso, o tecido traumatizado pela técnica invasiva cria todas as condições para a retenção de líquidos. Para diminuir o desconforto e o inchaço, o cirurgião recomenda sessões regulares de drenagem linfática a partir de sete dias da operação. “Também ocorre uma leve perda de sensibilidade na região durante os primeiros meses”, alerta Bárbara, da Clínica Ivo Pitanguy.

10. Como manter o resultado?

“São dois os segredos: o primeiro é manter o peso ou até emagrecer – o que não pode é engordar depois da cirurgia, o que, claro, compromete o resultado. O segundo é fazer atividade física para melhorar o tônus muscular do abdômen”, diz Golcman.

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