Como se manter hidratado ajuda no controle de peso
Além da atenção com a ingestão recomendada do líquido, a preocupação com o tratamento e qualidade também devem ser levados em consideração
Por Érika Ferreira Assessoria
20 Maio 2022, 10h00 • Atualizado em 21 out 2024, 16h37
(Lisa Fotios/Pexels)
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Que a maior parte do nosso corpo é composta por água já é de conhecimento público, afinal, o líquido representa cerca de 70% da nossa composição. Porém, a quantidade de consumo de água recomendada ainda é um tema contraditório entre alguns especialistas, que enfatizam a necessidade de ingerir em intervalos padrões uma maior quantidade ou até mesmo esperar a sensação de sede para o consumo.
Para esclarecer essa dúvida, a médica nutróloga do Hospital Albert Einstein e cofundadora da ONG Obesidade Brasil, Andrea Pereira, declara; “Em média, nosso corpo produz diariamente 7 litros de líquidos, englobando saliva, suco gástrico, entre outros, enquanto que no intestino absorvemos cerca de 9 litros de água, gerando um déficit de 2 litros. Por isso, recomendamos, no mínimo, estes dois litros como ideal para o consumo diário, não devendo ser ingerida toda de uma vez”.
A hidratação adequada, além de lubrificar estruturas de todo nosso organismo, também é uma forte auxiliadora no controle de peso, já que melhora a absorção dos nutrientes e digestão dos alimentos. “Precisamos de água desde os vasos sanguíneos e trato gastrointestinal até a lubrificação dos nossos olhos e articulações. Não consumir água ou ingerir apenas em pouca quantidade prejudica todas essas mesmas funções que precisam do líquido, gerando um sinal de alerta que na maioria das vezes é caracterizado por prisões de ventre”, explica Andrea, “Também, a ingestão adequada de água junto a um adequado consumo de fibras promove um melhor funcionamento do intestino. Essa regularidade do hábito intestinal auxilia na perda de peso através de uma menor absorção de gordura”.
1. Deixar uma garrafa de água sempre cheia próximo ao seu local de trabalho ou de estada em casa
2. Tomar pelo menos 1 copo de água em todo o lugar que tiver um filtro
3. Não esperar ter sede para tomar água
4. Ter a meta de pelo menos 2 L/dia
5. Fazer água flavorizada ou chá de infusão e deixar na geladeira
6. Instalar app que lembre de tomar água
Mesmo se tratando de um líquido sem contra indicações, Andrea enfatiza a necessidade do cuidado com a hidratação e consumo por idosos, cardíacos e pessoas com problemas renais. “Os idosos precisam de atenção redobrada, pois possuem uma tendência maior à desidratação perdendo também o alerta causado pela sensação de sede. Além disso, pessoas com problemas cardíacos e renais possuem muitas vezes uma restrição da ingestão de água, que deve ser orientada por quem lhe acompanha profissionalmente”, finaliza.
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Com todos os avanços tecnológicos existentes no dia de hoje, o país ainda convive com a falta de tratamento correto da água em muitas regiões, o que pode trazer diversos riscos à saúde. Um levantamento divulgado no ano passado pelo Instituto Trata Brasil revelou que cerca de 35 milhões de pessoas não possuem acesso à água potável. Diante de algumas deficiências e fatores que comprometem o tratamento da água própria para consumo, investir em um purificador de água passou a ser uma necessidade na casa de muitas pessoas. “A água não tratada pode ser a principal causa de infecções e intoxicações, o que torna ainda mais necessário o uso e ingestão do líquido devidamente purificado”, conclui a nutróloga. Segundo Fabiana Pereira, Coordenadora de Qualidade da Europa, empresa que fabrica purificadores de água para serem usados direto no ponto de uso residencial, além da qualidade da água, é preciso também se preocupar com a presença de bactérias, protozoários e vírus no líquido, microorganismos que são eliminados no processo de purificação em equipamentos com eficiência bacteriológica, Hollow Fibre (HF) e Ultravioleta (UV).
Outro assunto que gera debates é o consumo da água de pH alcalino, que possui frações ácidas e cargas elétricas maiores do que a tradicionalmente conhecida, segundo fabricantes. De acordo com Andrea, não existe comprovação científica que confirme maiores benefícios na mesma, além disso nosso próprio organismo corrige o pH da água que será distribuída para o nosso corpo. “O pH é uma medida do grau de acidez da água. O pH da água purificada pela Europa, por exemplo, segue o índice recomendado pelo Ministério da Saúde, entre 6 e 9,5, além da filtragem e dos aspectos microbiológicos, esse padrão é considerado adequado para consumo”, finaliza Fabiana.