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Gwyneth Paltrow: quais as desvantagens das dietas restritivas?

A atriz gerou polêmica no TikTok porque falou abertamente sobre a sua rotina de bem-estar, que se assemelha muito às dietas restritivas

Por Marcela De Mingo
3 Maio 2023, 11h16

Não é de hoje que as celebridades gostam de compartilhar as suas rotinas de bem-estar e beleza na internet. Porém, vez ou outra elas começam conversas importantes sobre o que, de fato, significa uma rotina saudável. 

Gwyneth Paltrow é polêmica por si só – dona de uma das marcas mais controversas de produtos de bem-estar, a Goop, ela fala com frequência sobre os seus métodos não convencionais de autocuidado, que vão de terapias intravenosas a jejum intermitente. Por isso, ela virou persona non grata no TikTok e tem recebido uma série de críticas na rede social. 

Recentemente, a atriz contou em uma entrevista como combina muitas horas de jejum com uma sopa para o almoço, um jantar segundo a dieta paleo e uma rotina intensa de exercícios + sauna todos os dias. 

O que gerou controvérsia na conversa de Paltrow é como a sua dieta se assemelha a um distúrbio alimentar. Condições como essa são complexas e têm muitas nuances, porém, como uma pessoa pública e que gerencia uma empresa de bem-estar, as principais críticas à atriz dizem respeito à sua irresponsabilidade ao falar naturalmente sobre uma dieta muito restritiva

AS DESVANTAGENS DA DIETA RESTRITIVA

Já falamos muitas vezes como dietas restritivas são negativas para o organismo, mas esse é um momento importante para fazer o lembrete. 

1

Dietas restritivas podem desacelerar o metabolismo

O seu corpo precisa de calorias para funcionar corretamente – claro, tudo depende da qualidade dessas calorias, mas elas não extremamente necessárias. Consumir menos calorias do que é preciso, segundo os estudos científicos, faz com que o corpo consuma menos calorias naturalmente em até 23% – ou seja, ele desacelera. 

Mais do que isso, essa diminuição no metabolismo pode persistir por muito tempo, mesmo depois da interrupção da dieta restritiva. Isso significa que esse é um efeito colateral de longo-prazo. 

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2

Podem causar cansaço e deficiências nutricionais

Comer menos do que o necessário pode gerar cansaço generalizado e dificultar o consumo de nutrientes diários indicados pelas sociedades médicas. Por exemplo, dietas restritivas podem levar a deficiências de vitamina B12, ferro e folatos, o que gera exaustão e anemia. 

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A falta de ingestão de carboidratos também pode causar esse efeito colateral, já que esse macronutriente é uma importante fonte de energia para o organismo. 

Além disso, queda de cabelo, perda de massa muscular, descamação da pele e unhas fragilizadas são outros efeitos causados pela deficiência de algumas vitaminas e macronutrientes (como as proteínas). 

3

Podem reduzir as chances de fertilidade

Outro ponto importante: dietas restritivas podem interferir diretamente nas chances de concepção. Isso porque a alimentação pode mexer com a produção dos hormônios femininos, diretamente ligados ao ciclo menstrual – alguns estudos sugerem que mulheres que consomem até 22% menos calorias do que o indicado têm chances menores de engravidar. 

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4

Diminuem a sua imunidade

Comer menos do que o necessário e de forma restritiva aumenta as chances de infecções e doenças – e ainda mais se essa rotina for combina com atividades físicas intensas e frequentes.

As pesquisas indicam que atletas em esportes que exigem um corpo mais longilíneo buscaram perder peso com mais frequência e também costumavam ficar duas vezes mais doentes nos três meses anteriores do que os demais atletas.  

Ou seja, é importante lembrar que manter uma dieta equilibrada e uma rotina de exercícios físicos é essencial para a boa saúde – mas restrições não são vantajosas nem a curto, nem a longo prazo, vide o efeito sanfona. Na dúvida, vale a pena consultar um nutricionista e entender quais as suas necessidades metabólicas. Caso você perceba que a sua relação com a alimentação é mais complexa do que o normal, vale buscar um psicólogo ou terapeuta para fazer um correto diagnóstico, tratamento e acompanhamento. 

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