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Doença celíaca: tudo sobre a condição que afeta Isis Valverde

Atriz falou nas redes sociais sobre a dificuldade em se alimentar devido ao diagnóstico da condição autoimune. Confira!

Por Ana Paula Ferreira
26 fev 2024, 20h00
Isis Valverde foi diagnosticada com doença celíaca
Isis Valverde foi diagnosticada com doença celíaca (@isisvalverde/Divulgação)
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Isis Valverde falou recentemente com seus seguidores do Instagram sobre sua dificuldade de se alimentar devido ao diagnóstico de doença celíaca, condição autoimune desencadeada pelo consumo de glúten.

“Eu tenho dificuldade, sim, de me alimentar, Às vezes, eles falam que não tem glúten e tem. Aí fica tudo meio ruim para mim. [Colocar no cardápio] ajuda muito quem tem esse tipo de alergia. É uma intolerância muito forte”, disse ela ao responder um internauta que a questionou sobre a doença.

No universo complexo das reações adversas ao glúten, existem três condições principais que frequentemente causam confusão: doença celíaca, intolerância ao glúten (também conhecida como sensibilidade ao glúten não-celíaca) e alergia ao trigo.

De acordo com Renata Domingues de Nóbrega, médica especializada em nutrologia, cada uma dessas condições tem suas características próprias, sintomas, métodos de diagnóstico e tratamento. Compreender as diferenças entre elas é crucial para o manejo adequado e para garantir uma qualidade de vida melhor aos que sofrem dessas condições.

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O que é doença celíaca

Como explica a profissional, a doença celíaca é uma condição autoimune crônica onde a ingestão de glúten – proteína encontrada no trigo, cevada e centeio – provoca uma resposta imunológica que danifica as vilosidades do intestino delgado. “Este dano compromete a absorção de nutrientes, podendo levar a uma ampla gama de sintomas e complicações, desde problemas digestivos até desnutrição, osteoporose e, em casos raros, certos tipos de câncer intestinal.”

O diagnóstico envolve exames de sangue para detectar anticorpos específicos, seguido por uma biópsia do intestino delgado. O tratamento é estritamente uma dieta sem glúten para toda a vida, que permite a recuperação do intestino e a remissão dos sintomas.

Há diferença entre doença celíaca e intolerância ao glúten?

“Diferente da doença celíaca, a intolerância ao glúten não envolve uma resposta autoimune ou alérgica. Indivíduos com essa condição experienciam sintomas semelhantes aos da doença celíaca — como dor abdominal, inchaço e diarreia — após a ingestão de glúten, mas sem os marcadores imunológicos ou o dano intestinal associados à doença celíaca”, explica Renata.

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O diagnóstico é feito por exclusão, e o tratamento consiste na redução ou eliminação do glúten da dieta, dependendo da severidade dos sintomas.

O que significa ter alergia ao trigo?

“A alergia ao trigo é uma reação do sistema imunológico às proteínas do trigo, incluindo, mas não limitado ao glúten. É caracterizada por sintomas que podem variar de leves a graves, como erupções cutâneas, problemas gastrointestinais, respiratórios ou, em casos extremos, anafilaxia”, esclarece a médica.

E completa: “O diagnóstico é realizado através de testes de pele ou sanguíneos para identificar anticorpos IgE específicos. A gestão da alergia ao trigo implica em evitar completamente o trigo em todas as suas formas, embora, diferentemente da doença celíaca, os indivíduos possam ser capazes de consumir outros grãos que contêm glúten”.

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Implicações para a saúde e qualidade de vida

Renata Domingues de Nóbrega enfatiza que a adoção de uma dieta apropriada é fundamental no manejo dessas condições. Para indivíduos com doença celíaca, a dieta sem glúten não é uma opção, mas uma necessidade vitalícia. “Aqueles com intolerância ao glúten podem precisar experimentar para determinar o nível de tolerância ao glúten, enquanto pessoas com alergia ao trigo devem evitar o trigo, mas podem tolerar outros grãos que contêm glúten”, ela orienta.

“Viver com doença celíaca, intolerância ao glúten ou alergia ao trigo pode ser desafiador, mas com o diagnóstico correto e o manejo adequado, é possível levar uma vida saudável e plena. A informação é a chave para entender essas condições e para promover a conscientização tanto entre os pacientes quanto entre os profissionais de saúde. Busque orientação médica se suspeitar de alguma dessas condições e a não se autodiagnostique com base em informações gerais”, finaliza.

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