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Cinco dúvidas sobre adoçante

Para quem os adoçantes são indicados? Eles podem causar câncer? É possível engordar? Reunimos as principais dúvidas sobre o substituto magro do açúcar para você não errar mais na dose

Por Cristina Nabuco (colaboradora)
Atualizado em 27 out 2016, 21h58 - Publicado em 9 abr 2013, 22h00
Reportagem: Cristina Nabuco - Edição: MdeMulher
Reportagem: Cristina Nabuco - Edição: MdeMulher (/)
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Foto: Fabio Castelo / BOA FORMA

Os substitutos do açúcar identificados nas embalagens como edulcorantes são ótimos para quem tem diabetes ou deseja emagrecer. Atendem a vontade de comer doce sem causar picos de glicose no sangue ou extrapolar nas calorias, como acontece com o produto da cana. Mas vá com calma. O exagero faz o tiro sair pela culatra: favorece o ganho de peso, além de trazer outros riscos. Confira!

1. Para quem os adoçantes são indicados?

Para todos que precisam restringir a ingestão de açúcar, seja em decorrência de doenças metabólicas (caso da diabetes) ou controlar calorias para a redução do peso.

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Mas vá com calma. O adoçante não deve ser consumido por hipertensos. “A sacarina, o ciclamato e o acesulfame K são contraindicados para quem sofre de hipertensão”, avisa a nutricionista Andrea Teixeira Pires, do Rio de Janeiro. Quem tem distúrbios renais que precisam controlar a ingestão de potássio também deve manter distância do acesulfame K e as pessoas com fenilcetonúria, que não possuem a enzima para metabolizar a fenilalanina, não podem consumir aspartame.

Já a estévia e a sucralose não têm restrições. “O uso moderado dessas duas substâncias é permitido inclusive para crianças e gestantes, com recomendação de um médico ou nutricionista, pois em geral ambas não são aconselhadas a consumir adoçantes”, orienta Andrea. As futuras mamães devem observar esse cuidado principalmente no primeiro trimestre.

2. O risco de câncer existe?

Estudos com ratos que receberam doses altíssimas de sacarina e ciclamato apontaram o perigo de tumores. “Porém, trabalhos posteriores, publicados em revistas de grande impacto científico, não documentaram esse risco em humanos, nas doses preconizadas”, diz o médico e nutrólogo Durval Ribas. Assim, o consumo dentro dos limites recomendados é considerado seguro.

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Já o aspartame foi acusado de provocar dores de cabeça, distúrbios visuais, esclerose múltipla, câncer no cérebro e até doença de Alzheimer, mas nada foi comprovado. De acordo com o Durval, um estudo envolvendo pesquisadores dos Estados Unidos, da Holanda e da Inglaterra publicado em 2007 na Revista de Toxicologia mostrou que não existem riscos.

3. É verdade que adoçante engorda?

Diretamente, não, pois trazem poucas calorias: um sachê de aspartame, sacarina, sucralose ou ciclamato (800 miligramas) tem 3 calorias; um de estévia tem menos ainda, 0,81 caloria, enquanto um de açúcar (6 gramas) tem 24 calorias. Mas indiretamente eles podem favorecer o ganho de peso. É que o cérebro não interpreta a ingestão de adoçante como a de um doce. E, na falta de glicose, pode estimular a produção de neurotransmissores que aumentam a vontade de comer bolos, bombons e guloseimas. Assim, para emagrecer não basta usar adoçantes. É preciso vigiar a dieta como um todo.

4. Tem algum que não deixa gosto metálico na boca?

A sacarina, o acesulfame K e a estévia têm sabor mais amargo. Já o aspartame e a sucralose não oferecem esse inconveniente. “Os fabricantes costumam misturar três ou mais tipos em doses baixas para evitar esse sabor residual”, revela Durval. Por isso, é comum um produto ter um blend de vários edulcorantes. Mas cuidado: no ano passado, empresas de adoçantes à base de estévia foram multadas porque seus produtos tinham muito mais ciclamato do que a substância anunciada. Leia atentamente a embalagem para não correr o risco de levar gato por lebre.

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5. Quais podem ir ao fogo?

Com exceção do aspartame, que tende a se degradar e perder a propriedade de adoçar, os demais adoçantes podem ser usados no preparo de bolos, informa a nutricionista Andrea. Mas, por precaução, antes de levar um adoçante ao fogo confira na embalagem se ele resiste ao calor.

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