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6 maneiras de avaliar o progresso do emagrecimento

Nem sempre olhar o número na balança é a melhor opção

Por Larissa Serpa
7 nov 2020, 09h00

Quando se começa uma dieta, um dos pontos que mais trazem ansiedade é a apuração do resultado. Para a maioria das pessoas, são os quilos a menos na balança que irão dizer se a nova prática alimentar e o novo estilo de vida estão realmente funcionando. Mas essa medição não é a ideal, já que muitas vezes — principalmente quando se alinha dieta com exercícios físicos — o peso pode não abaixar, apesar da gordura diminuir. A seguir, o médico endocrinologista especialista em emagrecimento Rodrigo Bomeny elenca diferentes formas para analisar e avaliar o progresso durante o processo de emagrecimento.

1. AVALIANDO PELO PESO

“É uma medida fácil, barata, rápida e que depende somente da balança, que pode ser a da sua casa mesmo”, diz o médico endocrinologista. Porém, como dito, este critério apresenta algumas desvantagens, como não oferecer uma análise da composição corporal. Ou seja, não há uma distinção relativa ao que do peso medido é músculo ou gordura.

“Deve-se levar em conta também a retenção de líquido, já que a água constitui mais de 60% do corpo humano”, relata. Por disso, a medição de peso na balança pode variar muito de um dia para o outro ou até no mesmo dia. “Tome muito cuidado ao se pesar todos os dias. Pequenas variações (perda ou ganho de peso) podem significar simplesmente uma variação de líquido no corpo”, alerta o médico.

2. AVALIAR O PROCESSO DE EMAGRECIMENTO PELO IMC

Ele é obtido dividindo o peso (em quilos) pela altura (em metros) ao quadrado. Quanto maior o IMC, maior o sobrepeso e o grau de obesidade do indivíduo. Conforme Bomeny, por também levar em consideração o peso, este critério apresenta as mesmas limitações da medição via balança.

Do mesmo modo, o IMC não oferece a análise da composição corporal. Segundo o médico endocrinologista, uma pessoa pode ser considerada com sobrepeso através desse critério apresentando uma maior quantidade de músculos e não necessariamente de gordura. Já alguém com índice normal pode ter uma quantidade maior de gordura do que deveria.

Para quem utiliza esses dois jeitos de avaliar o progresso do emagrecimento e está com dúvidas sobre com qual frequência deve subir na balança para aferir o peso, Bomeny oferece algumas ponderações:

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3. BIOIMPEDÂNCIA

Diferentemente dos outros dois métodos, a bioimpedância avaliar a composição corporal do indivíduo. isso é efeito por um aparelho que emite correntes elétricas de baixa intensidade que, medindo as distintas resistências de cada tecido, conseguem estimar a porcentagem de músculo, osso, gordura e líquido presentes no corpo.

Apesar de ser rápida e não invasiva, a bioimpedância não é muito precisa. Segundo Bomeny, existem vários fatores que podem interferir no resultado, como: temperatura do ambiente, hidratação, ciclo menstrual (pode causar retenção de líquido); e ingestão de alimentos e prática de atividade física logo antes da medição. “Se a pessoa calcular a bioimpedância todo os dias, por exemplo, há a possibilidade de apresentar uma variação de 10% entre os resultados”, diz o médico endocrinologista, explicando que, assim como a medição na balança, as variações neste método ocorrem do acúmulo ou perda de líquido e não necessariamente de gordura.

4. AVALIAR O PROGRESSO DO EMAGRECIMENTO PELAS PREGAS CUTÂNEAS

A quarta maneira é através da mensuração das pregas cutâneas, por meio de um adipômetro, com o tamanho da dobra refletindo a quantidade de gordura subcutânea. Segundo Bomeny, apesar de rápido, barato, simples e de baixo custo, também é um expediente pouco preciso, que depende muito da destreza do avaliador.  “Se for executado por uma pessoa experiente, assemelha-se com a bioimpedância, nas limitações e benefícios”, afirma.

5. DENSITOMETRIA DE CORPO INTEIRO

O quinto modo é o mais preciso. Trata-se da Densitometria de Corpo Inteiro — DEXA, único método que avalia diretamente todos os compartimentos corporais (ossos, músculos, água e gordura), sem inferir dados a partir da medida de apenas um compartimento. “Contudo, é também o mais caro, pois não faz parte da cobertura dos convênios médicos”, relata Bomeny.

6. FOTOS COMPARATIVAS

A sexta e última forma de avaliar o progresso do seu emagrecimento é através de fotos comparativas. Apesar de não científica é um modo de extremo valor, de acordo com o especialista em emagrecimento. Primeiramente, porque é uma análise da realidade. “Visualmente é possível notar a diferença, se a roupa está mais larga se a barriga diminuiu, por exemplo”, diz. A análise das fotos serve também como motivação.

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Ao utilizar esse método é preciso tomar alguns cuidados em relação às roupas que estiver trajando, o ângulo da tomada de foto, a incidência de luz e o horário, este em razão de maior ou menor retenção de líquidos. De acordo com Bomeny, qualquer disparidade entre as fotografias pode interferir na qualidade da comparação, mascarando o resultado do processo de emagrecimento. “Deve-se evitar ainda tirar fotos todos os dias e até semanalmente, porque as mudanças no corpo demoram para acontecer”, afirma.

Além de guiar-se pelas informações visuais, seja de qualquer espécie medição, seja de fotos comparativas, o médico endocrinologista sugere que se preste atenção ao que está sentindo. “Aqui, vale observar o que o emagrecimento está causando física e emocionalmente, como facilidade para se locomover, maior sensação de bem-estar, melhoria no sono, menos dor no corpo etc.”, diz. O mesmo vale para o que as pessoas estão dizendo a você. “Elogios e mensagens de aprovação de amigos, marido, esposa, familiares despertarão a certeza de que você está no caminho certo”, destaca.

[As explicações fazem parte do Você+, método de acompanhamento multidisciplinar desenvolvido por Bomeny que foca no desenvolvimento de 5 Níveis considerados essenciais para a mudança do estilo de vida e emagrecimento.]

 

 

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