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5 razões indiscutíveis para comer vegetais e adorar!

Espinafre? Argh! Cará? Sai pra lá! Se você integra a turma que prefere fazer greve de fome a colocar esse tipo de alimento no prato, pare de torcer o nariz

Por Thaís Cavalheiro (colaboradora)
Atualizado em 26 abr 2024, 10h41 - Publicado em 8 nov 2015, 09h08
mucella/Thinkstock/Getty Images
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Verduras e legumes são capazes de prevenir doenças, afastar a depressão, combater o stress e até ajudar a reduzir o peso. Mamães zelosas sempre têm razão quando insistem: “Menina, coma um pouco de rúcula! Experimente a abobrinha, está uma delícia!”. Ok, legumes e verduras são essenciais à saúde, crescemos ouvindo isso. O que talvez você não saiba é que, além de bons nutrientes, esses alimentos pertencem a uma categoria especial, a dos nutracêuticos, assim chamados porque ajudam a prevenir e combater doenças. Mais: certas verduras, como brócolis, são classificadas como alimentos funcionais naturais ou fitoquímicos — elas agem como soldados capazes de resistir ao ataque de células cancerígenas, à diabetes, à osteoporose e a males do coração. Isso sem falar naquela ajuda tão apreciada por dez entre dez mulheres: a de adiar o processo de envelhecimento, causado, em grande parte, pelos radicais livres.

Basta respirar para liberar a entrada dessas moléculas no nosso organismo. Sem empecilhos e vitaminadas por poluentes, stress e toxinas, elas se multiplicam descontroladamente. O que caracteriza um radical livre é o número ímpar de elétrons. Só que ele está sempre em busca de um parceiro. Para formar a dupla, rouba o elétron da membrana celular ou do núcleo, onde ficam os genes. Ataques seguidos às células fazem o estrago — elas ficam velhas ou doentes. “Daí a importância de ingerir legumes e verduras, alimentos antioxidantes ricos em flavonóides, carotenóides e vitaminas C e E, que atuam contra os radicais livres e que, em tese, agem contra os processos bioquímicos que estão na raiz do envelhecimento”, explica Franco Lajolo, professor do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Universidade de São Paulo (USP).

“As folhas verdes, além dos bioflavonóides, que são pigmentos naturais, também contêm fibras insolúveis. Sua ingestão aumenta o volume do bolo fecal e facilita a sua eliminação pelo intestino, garantindo o seu bom funcionamento”, lembra Elizabete Wenzel de Menezes, nutricionista e professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da USP, em São Paulo. “Junto com os legumes, as leguminosas e as frutas, as verduras, de um modo geral, previnem as doenças cardiovasculares e ajudam a controlar o colesterol, além de combater a obesidade, a diabetes e a diverticulite, uma infecção no intestino.” A nutricionista Graziela Mantoanelli, mestranda da USP, garante que as fibras bloqueiam a absorção das gorduras (oba!), ajudando a manter ou a reduzir o peso.


Vegetais superpoderosos

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Na próxima ida à feira ou ao supermercado, lembre-se destes amigos da saúde física e mental, da beleza e do corpinho enxuto.

Gengibre ajuda a perder peso.

Espantada de ver essa raiz entre os legumes? Na verdade, o gengibre é um tubérculo que pertence ao grupo dos legumes. Como tem sabor muito acentuado, é usado como tempero, o que por si só já traz o benefício. Segundo a nutricionista Vanderli Marchiori, de São Paulo (SP), essa raiz atua como estimulante celular, pois provoca hiperatividade, acelera o metabolismo, aumenta o consumo de energia e acelera a queima de calorias. Resultado: perda de peso. A nutricionista paulista Tânia Rodrigues diz que esse condimento previne enxaquecas. “O gengibre bloqueia a síntese de prostaglandina (substância que ajuda a controlar inflamações), reduzindo também a dor.”

Cará diminui os sintomas da TPM.

Rico em um aminoácido que tem o mesmo formato químico do hormônio feminino estrógeno, esse legume é chamado de fitoestrógeno, ou seja, contém um hormônio produzido pelas plantas. O consumo regular de cará, garante Vanderli Marchiori, diminui os sintomas da TPM.

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Espinafre combate a depressão e reduz o stress.

O ácido fólico regula os níveis cerebrais de serotonina, substância responsável pelo humor. “Quem não come essa verdura tende a sofrer de insônia, irritabilidade e esquecimento, sintomas clássicos da depressão”, explica Tânia Rodrigues. “Comer espinafre também diminui os sintomas do stress”, explica Vanderli Marchiori. Quando ele se instala, o corpo perde boa quantidade de minerais. Daí a importância de comer espinafre, rico em vitamina A e minerais, como ferro, lítio, magnésio, cromo e potássio.

Cenoura protege o coração e aumenta a resistência imunológica.

Rica em luteína, nutriente antioxidante, ajuda a prevenir o enrijecimento e o estreitamento das artérias do coração, segundo Vanderli Marchiori. Outros benefícios: além de aumentar a resistência imunológica, a cenoura contém betacaroteno, nutriente antioxidante e precursor da vitamina A, que protege a pele contra os danos dos raios ultravioleta. “O betacaroteno também garante a saúde dos olhos, pois regenera os pigmentos da retina”, lembra Jocelem Mastrodi Salgado, professora-titular de nutrição humana da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), em Piracicaba (SP).

Brócolis atuam contra o câncer.

Nos últimos vinte anos, diversos estudos comprovaram que os brócolis contêm substâncias bloqueadoras da ação de hormônios que estimulam a evolução dos tumores. “Seu consumo regular diminui a incidência da doença também no colo do útero, nos pulmões, no esôfago, na laringe e na bexiga”, diz Tânia Rodrigues. Vanderli Marchiori endossa a informação e completa: “Os brócolis, ricos em enxofre e ferro, têm efeito calmante. Além disso, suas folhas são boa fonte de cálcio, que previne a osteoporose, doença que enfraquece os ossos e os torna suscetíveis a fraturas”. Cada 100 gramas de brócolis (um prato cheio) contêm cinco vezes mais cálcio do que a mesma quantidade de leite.

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