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Dieta flexitariana: o que você deve saber para reduzir o consumo de carne

A dieta flexitariana tem como premissa a substituição de alimentos de origem animal por outros de origem vegetal - é uma dieta de transição

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 21 out 2024, 16h35 - Publicado em 8 ago 2022, 08h00
dieta flexitariana
 (Mikhail Nilov / Pexels/Divulgação)
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Entre veganos e carnívoros, o que temos? Os flexitarianos. Sim, é isso mesmo: a dieta flexitariana tem ganhado cada vez mais adeptos e é conhecida como um meio-termo entre uma alimentação rica em alimentos de origem animal e outra plant based, isto é, 100% baseada em plantas. 

DIETA FLEXITARIANA: UM PERÍODO DE TRANSIÇÃO

“Uma dieta flexitariana é uma dieta em que a pessoa se propõe a reduzir o consumo de qualquer tipo de alimento de origem animal ou todos eles. Não existe uma categoria, um ‘como fazer’. A redução já é considerada uma dieta flexitariana”, explica Alessandra Luglio, nutricionista e consultora científica da A Tal da Castanha. 

Existem muitas formas de adotar esse tipo de alimentação – o movimento segunda sem carne, por exemplo, é um exemplo. Apoiado por famosos como Paul McCartney, a ideia é não consumir nada de origem animal às segundas-feiras. Outra ideia seria evitar as proteínas animais em uma refeição durante a semana, como no almoço. 

Ou seja, não existe regra. O único objetivo é fazer uma troca equivalente de alimentos de origem animal por outros de origem vegetal. Os formatos vão depender da rotina e do conhecimento de cada um. 

BENEFÍCIOS DA DIETA FLEXITARIANA

Talvez você esteja se perguntando quais são os benefícios de uma alimentação como essa. E, acredite, são muitos. 

“É mais do que sabido que uma alimentação à base de vegetais é uma alimentação não somente segura, como a principal dieta reconhecida atualmente como potencialmente reversora das principais doenças crônicas que mais assolam a humanidade, principalmente as cardiovasculares”, explica a nutricionista. 

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De acordo com a profissional, somente uma dieta 100% à base de plantas consegue reverter quadros de doenças cardiovasculares pré-estabelecidas, além de funcionar como uma forma de prevenção contra essas e outras doenças. 

“Qualquer passo para a redução é muito positivo porque automaticamente se reduz o consumo diário de gorduras saturada e de colesterol, que estão intimamente ligados ao desenvolvimento de doenças crônicas”, explica. 

O motivo por trás desses benefícios não está só na redução do consumo de carnes de origem animal, mas no aumento do consumo de vegetais. Isso porque a dieta flexitariana não propõe a troca de um alimento de origem animal por outro – por exemplo, de carne vermelha por ovo ou de carne de porco por frango -, mas a substituição desses alimentos por outros de origem vegetal

“Normalmente, colocam-se mais leguminosas nos pratos, mais folhas, mais cereais, e isso tem um fator muito importante para aumentar a qualidade nutricional do indivíduo”, diz a nutricionista. “Você aumenta o teor de fibras, reduz gorduras, aumenta compostos bioativos e reduz também a quantidade de calorias diárias – os alimentos de origem animal têm um teor de gordura bastante significativo. Ao reduzir o seu consumo, diminuem-se proporcionalmente as calorias ingeridas, e isso é muito importante quando pensamos em uma sociedade que tem o sobrepeso e a obesidade como as principais características.”

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Ou seja, a dieta flexitariana é um convite para que as pessoas passem a pensar melhor na própria alimentação, adquirindo bons hábitos. E o melhor: de acordo com a nutricionista, não existem desvantagens em diminuir o consumo de alimentos de origem animal. “É sempre positivo diminuir os níveis de gorduras saturadas e colesterol”, explica. 

COMO ADOTAR UMA DIETA FLEXITARIANA? 

Vamos para a prática? Antes de mais nada, é importante sempre contar com acompanhamento especializado ao fazer alterações na sua alimentação. Afinal, é preciso manter a quantidade de calorias e nutrientes necessários para a boa saúde na rotina. A seguir, você encontra um passo a passo: 

1

Entenda a sua motivação

Para Alessandra, o que realmente gera motivação para uma mudança alimentar desse porte é a compreensão: ter consciência sobre a problemática que envolve o consumo de alimentos de origem animal para a saúde, o planeta, para a questão da fome no mundo e, claro, para os próprios animais é parte importante desse processo. 

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2

Informe-se bem

Depois, vem um pouco mais de estudos, mas devidamente direcionados: “A minha dica é que a pessoa se informe, entenda, busque saber sobre alimentação natural, saudável. Assim, ela consolida o seu conhecimento e pode abrir os olhos para uma evolução”, explica a profissional. 

3

Faça trocas inteligentes

Outro ponto importante é um que já citamos por aqui: não troque alimentos de origem animal por outros de mesma natureza – por exemplo, substituir a carne vermelha pelo ovo. O ideal, nesse caso, é fazer uma troca de animal por vegetal: substituir o frango do almoço por vegetais, leguminosas e cereais altamente nutritivos. 

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4

Comece devagar

Você não precisa fazer uma mudança radical do dia para a noite. Pelo contrário! O mais adequado é sempre começar pequeno: adotar o movimento segunda sem carne, substituir o leite animal pelo vegetal no café da manhã… E deixe finais de semana e eventos familiares, por exemplo, de fora desse primeiro momento. “Pense no seu dia a dia, em quais atitudes diárias você pode fazer para mudar isso”, aconselha Alessandra. 

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