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Como evitar alergias alimentares: 5 dicas essenciais de especialista

Quando provocada e não controlada, a alergia alimentar pode evoluir até mesmo para uma a anafilaxia. Veja como prevenir o problema!

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 23 set 2024, 10h10 - Publicado em 21 set 2024, 10h00

A alergia alimentar é algo imprevisível e que pode acontecer em qualquer fase da vida. Até mesmo quem nunca teve uma reação alérgica ao consumir certo alimento, pode vir a ter uma alergia em algum momento depois, especialmente se falarmos de crustáceos ou alimentos recentemente introduzidos na dieta.

 

 

De acordo com a médica alergista e imunologista Ana Paula Moschione Castro, esse ainda é um tema que precisa ser melhor estudado, a começar pela diferença entre intolerância à lactose e alergia alimentar ao leite. Vamos entender melhor a seguir!

Diferença entre alergia e intolerância

Ana Paula usou a intolerância à lactose e a alergia ao leite para explicar a diferença entre os problemas. Segundo ela, a alergia é deflagrada pelo sistema imunológico, sendo a proteína do leite, como a caseína, por exemplo, a que mais incomoda o sistema imunológico. Com isso, uma resposta (que pode ser grave) é provocada, levando até a anafilaxia.

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“Os sintomas são variados, como vermelhidão na pele, falta de ar e sangramento nas fezes, e são mais frequentes na infância e com chances de curar na fase adulta. Além disso, geralmente as reações alérgicas aparecem com pequenas quantidades de leite”, ela aponta.

Já quando há intolerância à lactose, que é o açúcar do leite, os sintomas são gastrointestinais e ocorrem na maioria das vezes em adultos, com tendência a permanecer pelo resto da vida.

“Dificuldade em digerir o leite, sensação de estufamento, gazes e diarreia são alguns dos sinais da intolerância. Mas, diferentemente da reação alérgica, a intolerância não apresenta risco de morte”, esclarece.

A profissional orienta que, caso você desconfie de que seu filho tem alergia à proteína do leite, não tire o alimento da criança, mas sim procure o diagnóstico com um especialista, para não causar uma deficiência nutricional. Além disso, pode não ser uma alergia, mas sim outra questão a ser avaliada.

Diagnóstico de alergia alimentar

O diagnóstico de alergia alimentar, segundo a médica alergista e imunologista, requer uma investigação criteriosa.

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“Ele depende do histórico clínico muito bem avaliado pelo alergista, associado aos dados de exame físico, que podem ser complementados pelo teste de provocação oral, considerado padrão ouro no diagnóstico”, explica Ana Paula. “É importante dizer que exames de detecção de IgG para proteínas alimentares, que são disponíveis comercialmente, não configuram o diagnóstico de alergia alimentar. É preciso muito critério para esse diagnóstico”, ela alerta.

Além disso, vale ressaltar que pessoas com rinite, asma e dermatite atópica estão um pouco mais predispostas à alergia alimentar, mas isso varia e não configura uma regra.

Então, como prevenir a alergia alimentar?

Ana Paula explica que a forma mais grave da reação alérgica é a anafilaxia, que leva a sintomas como urticária gigante, geralmente acompanhada de angioedema (inchaço), falta de ar com possível insuficiência respiratória, cólicas, vômitos e diarreia agudos, hipotensão e choque, sendo que em questão de minutos o paciente pode evoluir para morte.

Sendo assim, pessoas diagnosticadas com alergia alimentar precisam conhecer bem sua própria saúde e evitar ao máximo se colocar em situações de risco.

Pensando nisso, a médica deixou 5 dicas para ajudar na prevenção de uma possível reação causada por alimentos:

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  1. Se você já sabe que tem alergia a algum alimento, não arrisque! Evite-o sempre que possível;
  2. Leia sempre os rótulos de produtos industrializados para se certificar da ausência do alérgeno;
  3. Cuidado com a contaminação cruzada em restaurantes, causada pelos utensílios usados em diversos alimentos (ex: colher que mexeu no camarão foi usada no arroz);
  4. Para quem já apresentou reações graves anteriormente, tenha sempre por perto a adrenalina autoinjetável, já que pode acontecer exposição acidental;
  5. O alergista e imunologista é o profissional que faz o diagnóstico da alergia alimentar, portanto, siga sempre as recomendações de um especialista.
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