Lactobacilos vivos? Entenda as cepas de probióticos
Não só de Yakult e iogurtes vivem os tais probióticos, micro-organismos vivos que beneficiam (muito!) o organismo
Quando você era criança, deve ter ouvido falar dos tais “lactobacilos vivos” que vinham no vidrinho de Yakult. Sem entender muito o que eram, exatamente, você tomava a bebida com alegria – primeiro, porque era muito bom; segundo, porque os seus pais provavelmente explicaram que fazia bem para a saúde. Já na vida adulta, a fascinação pelos lactobacilos foi substituída por outra, de nome tão interessante quanto: os probióticos.
Verdade seja dita, os lactobacilos fazem parte da família dos probióticos e, de fato, eles fazem bem para o organismo, em especial para o intestino. Mas vamos do começo.
O que são probióticos?
Segundo a Dra. Marcella Garcez, nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia, os probióticos são micro-organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios para a saúde.
“Em equilíbrio, podem ajudar a manter a microbiota saudável e colaborar para o bom funcionamento do organismo”, diz ela. “Os probióticos têm impacto positivo não apenas no intestino, mas em diferentes sistemas, como pele e sistema imune.
É o tipo de indicação que serve para todo mundo, independente da idade ou da fase da vida: eles podem ser consumidos por praticamente todas as pessoas, seja na forma de alimento, seja de suplemento. A única diferença é a quantidade, as cepas e a frequência, que varia conforme as necessidades individuais.
Entenda sobre as cepas de probiótico
Existe uma quantidade grande de espécies de micro-organismos que são considerados probióticos. “Cada cepa tem ações específicas descritas na literatura científica, portanto, sua indicação depende dessas especificidades”, explica a médica.
Muitas dessas cepas já são bem conhecidas (como a dos lactobacilos!), mas outras ainda não. Por isso, além do consumo de alimentos enriquecidos, o que geralmente é muito seguro e recomendado, a prescrição de suplementos com grandes quantidades de unidades formadoras de colônia deve ser precedida de um diagnóstico e, claro, de uma receita médica.
“As cepas classificadas como probióticos individualmente não têm contraindicações relatadas em estudos científicos”, diz a Dra. Marcella. “Porém, os probióticos são contraindicados para pacientes críticos, como os que estejam em choque ou em situações limítrofes. Enquanto pacientes graves, como oncológicos, desnutridos, portadores de infecções e doenças inflamatórias em atividade, que antes eram vistos como contraindicações, podem também ser beneficiados”.