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Cirurgia plástica: 6 regras que você deve seguir para que tudo saia bem

Da escolha do cirurgião aos cuidados pré-operatórios, é preciso muita atenção antes de fazer um procedimento desses

Por Redação BOA FORMA
Atualizado em 2 Maio 2024, 12h27 - Publicado em 18 jul 2018, 18h54
Cirurgia plástica: 6 regras que você deve seguir para que tudo saia bem
 (nensuria/Thinkstock/Getty Images)
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O país está em choque com a morte da bancária Lilian Quezia Calixto (46), no último domingo (15), devido a um procedimento estético mal-executado pelo médico Denis Furtado, conhecido como Dr. Bumbum. Segundo o portal de notícias G1, a mulher procurou o especialista para retocar os glúteos e viajou de Cuiabá para o Rio de Janeiro a fim de realizar o procedimento.

 

A cirurgia – feita na residência do médico, prática proibida – teve complicações e Lilian morreu. As causas não foram divulgadas, mas acredita-se que o falecimento esteja ligado ao uso pelo Dr. Bumbum de grandes quantidades de polimetilmetacrilato (PMMA), material indicado, em doses pequenas e limitadas, para preenchimento de áreas específicas do corpo e da face.

Denis está foragido, assim como sua mãe, Maria de Fátima Barros, que também é médica. Ambos estão com o registro profissional cassado.

 

Cirurgia plástica segura*

Se você está pensando em fazer uma cirurgia plástica, é fundamental garantir que o procedimento seja realizado por um médico especializado. Além disso, fique atenta a outros pontos que devem ser avaliados:

1. Busque referências sobre o cirurgião

Além de indicações de suas amigas e de outros médicos, vá atrás de informações sobre a formação do cirurgião. Ter o diploma em uma boa instituição é o começo de tudo. Outra medida importante é saber se o médico é especialista em cirurgia plástica. A legislação brasileira permite que, depois de concluir o curso regular de seis anos, o médico realize qualquer procedimento. “Ou seja, um médico que se formou ontem e não tem nenhuma expertise em cirurgia está legalmente habilitado a fazê-la”, conta o cirurgião plástico Ronaldo Golcman, chefe de equipe de urgência do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Por isso, cheque se o profissional tem registro na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), única entidade no Brasil que pode certificar médicos na área, atestando que cumpriram dois anos de residência em cirurgia geral e mais três na plástica.

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2. A saúde tem que estar em dia

Antes de encarar o bisturi, você precisa passar com boas notas nos exames pedidos pelo médico e manter sob controle as doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Fumantes, por exemplo, demandam cuidados. “A nicotina prejudica a circulação de sangue nos tecidos, favorecendo a má cicatrização”, explica Marcelo Sampaio, cirurgião plástico do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. “É preciso deixar de fumar pelo menos três meses antes e dois meses depois da cirurgia.”

3. Redobre a atenção com os remédios

Saber como os medicamentos de uso frequente interferem na cirurgia é fundamental. Aspirina, AAS e alguns anti-inflamatórios, por exemplo, alteram a coagulação do sangue. O cuidado vale também para os fitoterápicos.“Alguns como ginkgo biloba, cáscara sagrada e pílulas de alho podem aumentar o sangramento e trazer riscos para a paciente”, diz Marcelo.

Outra substância que entra na lista é a isotretinoína, substância derivada da vitamina A que é muito usada no tratamento da acne e pode mudar a síntese de colágeno na pele e, assim, atrapalhar a cicatrização.

Por fim, há os anticoncepcionais. “O problema das pílulas e da reposição hormonal é o aumento da possibilidade de trombose. Mas calma, nem sempre é preciso suspender o uso porque existem medidas eficazes para prevenir o problema, como o uso de anticoagulantes, meias elásticas e massageadores para as pernas”, explica Marcelo. Por isso, uma conversa sincera com seu médico é fundamental.

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4. Pergunte todos os detalhes da operação ao médico

O lugar onde será feita a cirurgia também determina o nível de risco. Hospitais oferecem mais segurança do que clínicas. “É preciso ter, no mínimo, uma mini-UTI no local”, diz Fernando Almeida Prado, membro titular da SBCP. Quem pretende aumentar os seios também precisa se informar sobre a marca da prótese. “Pesquise o site do fabricante, verifique se é certificado pela Anvisa, veja se ele atua no mercado europeu ou americano, busque o histórico da empresa para checar se há bons antecedentes”, orienta Fernando.

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5. Não vá com muita sede ao pote

Já que vamos operar, que tal fazer uma transformação completa, certo? Errado! Para manter a paciente desacordada por um longo período, é preciso aumentar a quantidade da substância anestésica – o que, claro, eleva o risco. O tempo de cirurgia também não deve exceder cinco horas de duração.

No caso da lipoaspiração, apesar de ser legalmente permitido tratar até 40% da superfície corporal e tirar até 7% do peso do paciente, quanto maiores a área e a quantidade de gordura extraída, maior o risco de complicações. Há médicos que trabalham com metade desses limites, não ultrapassando 20 e 3,5%, respectivamente. “Os dois dias que sucedem a cirurgia são críticos. Por isso, é fundamental ter acesso fácil ao especialista e disponibilidade para voltar ao consultório ou ao hospital se ele recomendar”, afirma Ronaldo.

6. Respeite o pós-operatório

Seguir as orientações médicas depois da cirurgia é parte importante do processo. “As recomendações sobre repouso, atividade física, exposição ao sol, direção de veículos, alimentação e uso da medicação e de cintas cirúrgicas também são critérios de segurança”, diz Marcelo Sampaio, do Hospital Sírio Libanês. Deixar de fazer o que o médico recomenda abre portas para o surgimento de infecções, manchas, aderências, fibroses e problemas de cicatrização.

*Este trecho da matéria foi originalmente publicado em abril de 2014

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