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Encarar exercício como obrigação torna as mulheres menos ativas

O alerta vem de uma nova pesquisa que investigou o que motiva a mulherada a fazer atividade física

Por Redação Boa Forma
Atualizado em 30 abr 2024, 17h14 - Publicado em 31 Maio 2017, 13h25
Mulher cansada
 (AntonioGuillem/Thinkstock/Getty Images)
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Você se exercita porque o médico mandou ou porque quer entrar no biquíni novo na próxima viagem? Aí vai mais uma pergunta: ao invés praticar uma modalidade do seu gosto, você faz uma que promete queimar mais calorias? Se sua resposta para esses questionamentos foi “sim”, talvez seja a hora de rever por que você está pagando a mensalidade da academia ou separando horas valiosas do seu dia para correr na rua.

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É o que propõe um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, recém-publicado na revista científica BMC Public Health. Na pesquisa, cientistas analisaram o que faz as mulheres se sentirem felizes e bem-sucedidas e de que forma a maneira como elas veem os exercícios interferem nisso. “Um novo entendimento do que realmente as motiva pode fazer uma grande diferença na habilidade delas de incorporar a atividade física na rotina – e se divertirem fazendo isso”, comenta Michelle Segar, a líder da investigação.

Para realizar o trabalho, foram recrutadas 40 voluntárias com idades entre 22 e 49 anos. Dessas, 29 eram sedentárias (faziam menos de 2 horas de exercício por semana) e 11 eram ativas (se mexiam por mais do que 120 minutos semanais).

Os achados mostraram que, em ambas as turmas, as participantes sentem-se realizadas quando elas se conectam com outras pessoas ou ajudam-nas a serem assim também; quando estão relaxadas e livres de pressão; e quando atingem objetivos, no trabalho ou nas tarefas domésticas.

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Outra constatação curiosa dos pesquisadores foi que, para as sedentárias, um exercício “válido” é aquele intenso. Elas também revelaram que se sentem pressionadas a se movimentar para ganhar saúde ou perder peso. “O que elas acreditam que o exercício deveria ser e as experiências negativas que tiveram com a atividade física impede-as de adotar e manter uma vida ativa”, analisa Michelle.

Segundo a estudiosa, um dos fatores por trás dessa visão é a ideia (propagada há muitos anos) de que é necessário se exercitar de forma vigorosa por, no mínimo, 30 minutos para conquistar um corpo mais magro e saudável. “Existem novas recomendações que permitem intensidade e períodos menores, mas muitas pessoas não sabem ou nem acreditam nisso”, observa.

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Já as participantes que se exercitam com frequência demonstraram uma visão mais amigável e flexível dos exercícios. “Nós precisamos reeducar as mulheres, para que elas se mexam e sintam renovação em vez de exaustão. Para motivá-las, temos que fazer com que elas queiram se exercitar, e não encarem como uma obrigação”, indica Michelle Segar.

Entre as propostas da pesquisadora para atingir essa meta estão:

  • Mostrar que se mexer pode e deve ser algo bom de se fazer;
  • Promover a atividade física como uma forma de se conectar com outras pessoas;
  • Tornar os exercícios uma maneira de as mulheres se sentirem renovadas e motivadas a alcançar seus objetivos;
  • Esclarecer que atividade física inclui todos os movimentos.
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