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Cientistas analisaram qual é a melhor passada para a corrida

Estudo americano avaliou corredores profissionais e iniciantes e detectou qual seria a passada ideal para você ir mais longe

Por Julia Carneiro (Colaboradora)
Atualizado em 17 fev 2020, 15h11 - Publicado em 2 ago 2017, 18h27
Mulher correndo
A corrida é praticada por 6 milhões de brasileiros (Melpomenem/Thinkstock/Getty Images)
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Desde que aprendemos a dar os primeiros passos, logo já percebemos que podemos ir mais rápido e começamos a correr — sem ninguém nos ensinar ou calcular o tamanho das nossas passadas para economizar energia no pega-pega.

O fato é que correr é uma habilidade natural do ser humano. Mesmo que você não a use para completar uma maratona, com certeza já apertou o passo na hora de alcançar um elevador que estava fechando ou um voo que já ia partir.

O que os pesquisadores americanos da Brigham Young University, em Utah, fizeram foi testar se essa aptidão já vem programada de fábrica a nos poupar a maior quantidade de fôlego numa corrida ou se todas as especificações que alguns treinadores dão sobre o tamanho e o ritmo ideal de passadas realmente nos ajudam a cumprir os quilômetros da planilha com mais rapidez.

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No estudo, foram recrutadas 33 pessoas, dentre elas 19 com experiência na modalidade e 14 também esportistas, mas não corredoras. Na primeira fase, pediram para que elas corressem da maneira mais rápida que conseguissem  por 20 minutos, em uma esteira, sem mais especificações. Resultados anotados, na segunda fase, os participantes foram equipados com máscaras medidoras de oxigênio e foi usado um metrônomo – aparelhinho musical que produz sons de maneira regular – para que, sutilmente, os corredores ajustassem sua cadência aos pulsos sonoros emitidos por ele. A velocidade da esteira continuou a mesma, pois a ideia era que os participantes experimentassem mudar apenas o tamanho da passada.

Ao comparar a utilização de oxigênio nas duas fases do estudo, ambos os grupos apresentaram um aumento no uso quando tiveram que se adaptar ao metrônomo, encurtando ou prolongando seus passos. Ou seja, quando não realizaram o exercício da maneira que mais natural, ele se tornou fisicamente mais difícil.

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Outro fator interessante foi observar que mesmo os iniciantes já optaram pela cadência que mais eficiente logo de primeira. “Esses resultados indicam que nosso corpo sabe o que está fazendo ao escolher uma maneira de correr, mesmo sem o benefício de outras instruções”, diz Ian Hunter, professor na B.Y.U. que orientou o estudo, ao New York Times.

É importante lembrar que o estudo foi feito com poucas pessoas e a análise não vale para quem quer desenvolver algum objetivo específico na corrida — como diminuir alguns segundos nos 10K, por exemplo. Mas serve àquelas que usam a desculpa de que “não sabem correr” só pra pular um treino de domingo no parque.

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