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CBF aprova comitê para desenvolvimento do futebol feminino

A decisão foi tomada após reunião que contou com a presença de ex-jogadoras e atuais integrantes da seleção brasileira

Por Da Redação
Atualizado em 30 abr 2024, 16h34 - Publicado em 18 out 2017, 18h32
Jogadoras da seleção brasileira de futebol
 (Sean M. Haffey/Staff/Getty Images)
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O futebol feminino brasileiro acaba de dar um passo histórico – ainda que tardio. Nesta terça-feira (17), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu criar um comitê para o desenvolvimento da modalidade no país – que existe oficialmente por aqui desde 1983.

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A decisão foi tomada após um encontro de ex-jogadoras e integrantes atuais da seleção com Marco Polo del Nero, presidente da CBF, e diretores da entidade. As atletas entregaram ao cartola um documento com várias reivindicações, além do comitê. São elas:

  • A criação do Departamento de Futebol Feminino sob gestão de uma mulher
  • Implementação das 11 ações recomendadas pelo Grupo de Trabalho do Futebol Feminino do Comitê de Reformas da CBF;
  • Inclusão de mulheres em todos os níveis de decisões, conforme orientação da Federação Internacional de Futebol;
  • Realização de um diagnóstico específico para cada dimensão-chave do futebol feminino, incluindo aspectos técnicos, administrativos e de governança.

Polêmica

A boa notícia chega após decisões controversas da CBF em relação ao comando da seleção brasileira de futebol feminino. No último dia 22 de setembro, Del Nero mandou embora Emily Lima, a primeira mulher a ser técnica do time. A demissão ocorreu apenas dez meses após Emily assumir o cargo e causou revolta entre as jogadoras, levando cinco delas a saírem da equipe. Cristiane Rozeira, Maurine Dornele, Rosana Augusto, Fran Alberto e Andreia Rosa deixaram a seleção.

Outra escolha questionada pelas atletas foi a readmissão de Oswaldo Fumeiro Alvarez, o Vadão, que comandou a equipe entre 2014 e 2016 e foi demitido por Del Nero devido ao mau aproveitamento. “Volta uma comissão que já teve oportunidade. Ficamos sem entender o porquê, então, de não dar mais tempo para a comissão de Emily”, declarou Rosana à revista CLAUDIA. “Todas as outras comissões que passaram [pela seleção] tiveram um tempo muito grande de trabalho. Tiveram um ciclo todo. Essa sequer teve oportunidade. Por que era mulher?“, questionou Cristiane em um vídeo postado em suas redes sociais.

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