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Segundo especialista, preliminares são essenciais para o orgasmo feminino

Estudos apontam, ainda que 5 a 10% das mulheres nunca atingiram o clímax. Confira os principais tabus sobre as preliminares!

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 12 ago 2024, 16h22 - Publicado em 5 ago 2024, 10h00

De acordo com um compilado de estudos, de 5 a 10% das mulheres nunca tiveram orgasmo, sendo que 59% admitiram já ter fingido. Os dados também mostraram que 18,4% das mulheres atingem o orgasmo durante o sexo apenas com a penetração vaginal, enquanto 81,6% não alcançam o clímax se não houver estímulos e preliminares. Além disso, 95% dos homens geralmente, ou sempre, têm orgasmo durante a atividade sexual, em comparação com apenas 65% das mulheres.

De acordo com Claudia Petry, pedagoga com especialização em Sexualidade Feminina pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e membro da SBRASH (Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana), as preliminares são essenciais especialmente para as mulheres.

“Se levarmos em conta que na masturbação a mulher demora, em média, 8 minutos para chegar ao orgasmo, enquanto no sexo a dois o tempo sobe para cerca de 14 minutos, fica fácil entender a importância de preparar corpo e mente para a relação sexual”, ela afirma.

Entretanto, a terapeuta lembra que preliminares não são apenas sobre prazer. “Trata-se também de criar um senso de conexão e intimidade entre os parceiros, o que é fundamental para uma relação saudável e longeva”, ressalta.

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Diante disso, a profissional listou alguns tabus comuns acerca das preliminares e esclareceu cada um deles. Veja a seguir!

Mitos e verdades sobre orgasmo femininos e preliminares

Mito. Segundo Claudia, promover a excitação é um exercício de criatividade que pode ser feito a qualquer hora. Ao longo do dia, o casal pode praticar o “sexting”, trocando mensagens de texto e fotos insinuantes. “Quando estiverem juntos, esbanje sensualidade. Aposte em contatos visuais provocantes, beijos quentes e inesperados, looks sexies, carícias pelo corpo (por cima ou por baixo da roupa) e qualquer outra coisa que desperte o desejo em ambos”, aconselha a terapeuta.

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Verdade. Assim como em todas as formas de sexo, as preliminares são igualmente importantes para as homossexuais. “Claro que o prazer sexual é mais compreendido e flui melhor entre duas mulheres, mas, ainda assim, são duas pessoas diferentes, que podem ter gostos e interesses específicos”.

Como exemplo, Claudia cita a ‘tribbing’, uma prática sexual comum entre mulheres homossexuais. “Ela consiste na fricção da região genital nas coxas ou nos quadris da parceira. Entretanto, diferente do que se pensa, não é toda mulher que sente prazer com a técnica. Daí a importância de investir nas preliminares e, para além do clitóris, descobrir os pontos chave da companheira”.

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Mito. Segundo Claudia, cada mulher possui sua própria resposta sexual, influenciada por fatores hormonais, externos e emocionais. “Nem sempre a mulher está disposta a grandes performances. Muitas vezes, as ‘rapidinhas’ são mais práticas e dão conta do recado”, ela afirma. No entanto, a especialista alerta para que isso não se torne uma constante. “O risco é grande de o casal se acomodar e não perceber que as relações sexuais estão caindo na rotina. E essa é uma das armadilhas mais silenciosas que resultam no afastamento do casal”.

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Verdade. O que vale para uma pessoa pode não ter o mesmo efeito para outra. Essa é uma oportunidade de falar sobre preferências, desejos e necessidades que podem ou não ser atendidos. Aqui, a flexibilidade se torna um diferencial para que os dois encontrem um meio-termo que funcione mutuamente. “Experimentem diferentes formas de estimulação e descubram o que traz mais prazer para ambos. Ademais, mantenham a comunicação, já que o sexo é uma experiência complexa e cíclica, e os interesses sexuais podem mudar com o tempo.”

Por fim, a profissional ressalta: “O orgasmo é uma consequência dos estímulos sensoriais, sejam físicos, verbais ou visuais. Se você pular essa etapa, a chance de atingi-lo diminui consideravelmente, além de perder a oportunidade de explorar zonas erógenas no seu corpo e de seu parceiro, e de cultivar esses momentos de intimidade cruciais para um relacionamento duradouro”.

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