Juliette revelou recentemente um diagnóstico de condromalácia patelar, uma condição que consiste no amolecimento da cartilagem sob a patela (rótula), causando dor no joelho. Através do Instagram, a cantora falou sobre o quadro, que já a acompanha desde a infância.
“É muito normal e é mais comum em mulheres. Tenho isso desde criança. A cartilagem entre os dois joelhos desgasta e fica osso com osso. Faz um barulho horrível quando eu agacho”, ela contou. E continuou: “Consigo fazer tudo, mas é sempre muito fadigado, como se eu estivesse com uma caneleira, uma coisa pesada. Por isso, eu tenho que tomar cuidado, fortalecer, não ficar com peso acima para proteger. Tenho que fazer toda uma preparação para não machucar”.
Por fim, Juliette explicou que os treinos também ajudam a amenizar os desconfortos da condição.
“De ano em ano eu tenho crises e dói muito. Ai eu tomo anti-inflamatório, vou ao médico. Tem gente que toma injeção. Mas é um tratamento paliativo, digamos assim, não tem nada a ser feito a não ser que eu opte pela cirurgia, que é bem agressiva. Como eu vivo bem, não é um desconforto incapacitante, eu prefiro controlar o peso, fazer musculação. Eu protejo o joelho durante os exercícios, também não posso correr com muito impacto”.
O que é a condromalácia patelar?
Conhecida popularmente como condromalácia patelar, a condropatia patelar consiste em um dano na cartilagem do joelho que culmina com o amolecimento dessa estrutura, limitando de forma significativa seus movimentos e podendo causar dores e estalos.
De acordo com Marcos Cortelazo, ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), trata-se de uma condição que pode aumentar a predisposição à artrose e que afeta mais adultos jovens.
“Em geral as mulheres são mais frequentemente acometidas por dores nos joelhos, especialmente relacionadas à condropatia e à artrose”, diz o médico.
Os principais sintomas da condropatia patelar incluem dor, inchaço, estalo, sensação de atrito e de que há algum objeto dentro do joelho. Movimentos de subida, descida e agachamento costumam causar dor aos pacientes, segundo o médico.
Tratamento e prevenção
Como explica Cortelazo, o tratamento para condromalácia patelar visa proteger a articulação e tratar os sintomas associados.
“O tratamento não cirúrgico pode incluir fisioterapia, exercícios de fortalecimento, controle de peso, medicamentos para alívio dos sintomas e a infiltração, que consiste na aplicação injetável de substâncias como ácido hialurônico”, ele aponta. “Esse tipo de tratamento é chamado de conservador, mas se ele não consegue devolver a boa qualidade de vida ao paciente, a cirurgia é necessária e age como um tratamento definitivo”, completa.
Chamado artroscopia, o procedimento cirúrgico acontece através de uma pequena câmera (artroscópio) inserida na articulação do joelho, e pinças e cautérios para reparar e regularizar as lesões da cartilagem, diminuindo o atrito e a dor no joelho. “É também possível fazer o realinhamento da patela”, diz o médico.
Por fim, para evitar as condropatias patelares, o profissional aconselha seguir cuidados para manter os joelhos saudáveis, o que inclui manutenção de um peso ideal para diminuir o estresse físico sobre o joelho, fortalecimento da musculatura ao redor do joelho e prática de atividades físicas. “Nas academias, os exercícios de extensão de perna ajudam a fortalecer e alongar o quadríceps (músculo anterior da coxa) e são bem recomendados para o fortalecimento da região”, conclui Cortelazo.