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Low Carb High Fat: tudo sobre a dieta da moda

Por Nadia Tamanaha (colaboradora)
Atualizado em 26 abr 2024, 11h00 - Publicado em 7 abr 2015, 12h31
CharlieAJA/Thinkstock/Getty Images
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A dieta Low Carb High Fat está na moda e realmente ajuda a eliminar os tão indesejados quilos a mais. Mas é claro que não faz milagre, por isso, antes de aderir à nova onda, é imprescindível ficar de olho nos prós e contras. “Na realidade, é uma dieta Low Carb, High Fat e High Protein. Não dá para fazer uma dieta que contenha pouco carboidrato e muita gordura e esquecer da proteína”, explica o nutricionista Daniel Percego, da Nutriens Consultoria Nutricional. Para ajudar você a descobrir que se esta é a opção ideal para você, tiramos as principais dúvidas com especialistas no assunto. 
 
Como funciona a dieta Low Carb High Fat?
“Para transformar as calorias ingeridas em energia, o corpo utiliza duas ‘rotas metabólicas’: em uma, ele usa o carboidrato; em outra, a gordura. Se os dois caminhos estão bons, o corpo utiliza ambos e, assim, queima menos gordura. No entanto, se você diminui a ingestão de carboidratos, dificulta a obtenção de energia desta fonte, então, o corpo passa a utilizar mais da gordura”, explica Percego. “Estudos científicos não comprovam que o aumento do consumo de gordura traz benefícios para a saúde – pelo contrário, pode até causar doenças cardíacas, diabetes, entre outras. No entanto, o consumo da gordura boa, como a vinda dos ácidos graxos, pode fazer, sim, bem ao corpo”, complementa Paula Castilho, nutricionista da Sabor Integral Consultoria em Nutrição.
 
Quais são os contras da dieta?
A restrição do carboidrato a longo prazo pode provocar um “stress” no organismo, o que talvez cause perda de massas óssea e muscular. “Fadiga, dores de cabeça, tontura, indisposição, irritação, entre outros sintomas também estão na lista de efeitos colaterais da Low Carb High Fat”, lista Paula. Os atletas e aqueles que pegam mais pesado na atividade física precisam tomar cuidado especial. “A dieta pode prejudicar o rendimento esportivo e até contribuir para problemas de saúde, como a hipoglicemia. Ou seja, atletas não devem reduzir a ingestão de carboidratos e praticantes de exercícios físicos precisam calcular bem a diminuição”, explica Percego.
 
A dieta Low Carb High Fat é a melhor para que tipo de objetivo?
Além de realmente funcionar para quem quer perder peso, a dieta Low Carb High Fat é uma boa opção para corrigir distúrbios metabólicos, como por exemplo a resistência à insulina. “Quanto mais carboidratos de absorção rápida consumimos, mais insulina nosso corpo libera. Se esse comportamento se repete constantemente, o hormônio passa a ter dificuldade de fazer o seu trabalho e por isso acontece o ganho de peso. Uma dieta com baixo teor de carboidrato melhora a resistência à insulina”, esclarece o nutricionista.
 
A dieta apresenta algum risco à saúde?
“Se diminuir demais a quantidade de carboidratos ou aumentar o consumo das gorduras saturadas (considerada gordura ruim), sim”, diz Daniel. Paula ainda alerta para outros efeitos colaterais da dieta: “o alto nível de proteína pode aumentar o stress sobre os rins, enquanto a ingestão de gorduras saturadas e/ou totais contribui para o aparecimento de doenças cardíacas”. 
 
Que tipo de gordura deve ser consumida?
“Quanto menos processada, melhor. Carnes brancas têm menos gordura e, por isso, são ótimas opções. Abacate, coco, nozes, macadâmia, azeitona, manteiga, nata e queijo branco também são boas alternativas”, sugere Paula. Fritura, margarina e óleos de milho, soja e canela, porém, estão na lista do que evitar.
 
Por até quanto tempo é indicado seguir a dieta?
“Se for realmente equilibrada, não existe restrição”, diz Percego. “Pode ser feito um tratamento de choque, que pode durar de um a três dias. Mas só um especialista pode dizer qual a melhor maneira para cada um seguir a Low Carb High Fat”, complementa Paula.
 
Existe alguma contraindicação?
Pessoas que sofrem de insuficiência renal, cardíaca ou hepática ou diabetes não devem seguir a dieta Low Carb High Fat, segundo Paula. “Atletas e praticantes de atividades físicas também devem consultar um especialista para que a redução seja adequada”, explica Percego.

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