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Dieta Paleolítica: estudo diz que homem da caverna comia, sim, carboidratos

Más notícias para os fãs da Dieta Paleolítica: um estudo provou que os homens comiam, sim, carboidrato. Será que a premissa da dieta pode ser completamente falsa? BOA FORMA foi investigar

Por Maria Lúcia Zanutto
Atualizado em 26 abr 2024, 10h52 - Publicado em 18 ago 2015, 11h58
ersler/ Thinkstock/ Getty Images
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A dieta Paleolítica, que prioriza o consumo de carne vermelha, virou moda nos Estados Unidos, onde foi criada, e na Europa. E os seguidores desse cardápio acreditam que a falta de carboidratos ajudou a impulsionar o aumento do cérebro humano nos últimos 800 mil anos. Isso até sair esta nova pesquisa:

De acordo com um estudo publicado na revista Quarterly Review of Biology, os pesquisadores descobriram que os carboidratos estavam disponíveis para os homens das cavernas, na forma de tubérculos, raízes, sementes e certos frutos. Na verdade, eles acreditam que, justamente, por causa da ingestão desses ingredientes que o nosso cérebro desenvolveu-se tão rapidamente. A Dr. Karen Hardy, responsável pelo estudo, explica que uma dieta baseada exclusivamente em carne não teria sido suficiente para aumentar o crescimento do cérebro do homem antigo, porque o processo exige uma grande quantidade de glicose. E qual seria a melhor maneira de obter essa glicose? Apostando em carboidratos.

Isso não quer dizer que comer um pacote de batata frita vai trazer benefícios ao seu cérebro, mas que incorporar carboidratos saudáveis ​​em sua dieta como feijão, batata-doce, inhame e mandioca, provavelmente, vai oferecer mais energia e saúde do que simplesmente cortar todo o grupo de alimentos.

Para o nutricionista e farmacêutico bioquímico Gabriel de Carvalho, é importante lembrar que a alimentação do homem paleolítico estava diretamente relacionada com uma questão ambiental. Ou seja, ele comia, sim, carboidratos – os disponíveis em cada região. “O homem daquela época não tinha uma alimentação regrada, nem fazia quatro refeições diárias e ricas em nutrientes. A grande questão é: qual era a oferta de carboidrato que eles tinham? Sazonal. Eles não consumiam o mesmo tipo de alimento o ano todo, como acontece com a gente”, explica.

“Em alguns lugares se consumia mais carnes e, em outras áreas, peixes. Mas as raízes sempre fizeram parte da alimentação do mundo”, afirma. O importante, segundo ele, é considerar que os homens estavam preocupados com a energia que tal alimento iria fornecer. Por isso, quando eles caçavam algum animal, as primeiras partes consumidas eram as vísceras, porque elas são cheias de gordura.

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O que então não tinha na dieta paleolítica: cereais, leguminosas, açúcar, refrigerantes, frituras e animais criados com cereais.

O que existia: frutas, mas completamente diferente do que a gente conhece hoje. Elas eram menos doce, menores e com menos carboidrato. Verduras e legumes de todos os tipos, raízes, sementes oleaginosas, carnes e ovos.

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