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Transtornos alimentares, por Valeska Bassan

Psicóloga aprimorada em Transtornos Alimentares, pós graduanda em Medicina e Estilo de Vida e coaching de saúde no Hospital Israelita Albert Einstein
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Como a cirurgia bariátrica impacta a saúde mental dos pacientes?

Entenda como a cirurgia bariátrica pode afetar o bem-estar psicológico dos pacientes

Por Valeska Bassan
Atualizado em 9 set 2024, 10h34 - Publicado em 8 set 2024, 16h00
Saúde mental e cirurgia bariátrica
Entenda como a cirurgia bariátrica pode afetar o bem-estar psicológico dos pacientes | (freepik/Freepik)
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A cirurgia bariátrica tem sido uma opção crescente para pessoas que lutam contra a obesidade severa e suas comorbidades. No entanto, é essencial considerarmos os efeitos psicológicos que acompanham esse procedimento.

Muitos pacientes relatam uma melhora significativa na qualidade de vida, autoestima e saúde mental após a cirurgia. Entretanto, a cirurgia bariátrica também pode trazer desafios psicológicos.

A mudança rápida na aparência e a necessidade de adaptar-se a um novo estilo de vida alimentar podem ser emocionalmente desgastantes.

Percebo que alguns pacientes podem experimentar uma sensação de perda em relação ao prazer de comer, mas em contrapartida, surgem distúrbios alimentares como anorexia ou bulimia.

A dependência de alimentos como mecanismo de enfrentamento pode ser substituída por outras formas de compulsão, como abuso de álcool ou outras substâncias.

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A imagem corporal pós-cirurgia pode continuar sendo uma preocupação. A pele flácida e outras mudanças físicas podem gerar insatisfação e impactar negativamente a autoestima. Além disso, expectativas irreais sobre os resultados da cirurgia podem levar à decepção e frustração.

O suporte psicológico é importantíssimo no pré e pós-operatório. Esse acompanhamento com psicólogos pode ajudar os pacientes a desenvolverem estratégias de enfrentamento saudáveis, ajustar-se às mudanças físicas e emocionais e estabelecer metas realistas para a recuperação.

Por isso é tão urgente que bariátricos aprendam a lidar com as emoções complexas associadas à mudança drástica de peso e aparência, além disso, identificar e tratar distúrbios alimentares e detectá-los é crucial para que possamos intervir em casos de transtornos alimentares emergentes ou preexistentes.

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As estratégias de enfrentamento para lidar com o estresse, ansiedade e outras emoções negativas evitam que os pacientes recorram a comportamentos compulsivos e quando estabelecemos metas realistas conseguimos definir expectativas realistas para a perda de peso e a recuperação, evitando assim as possíveis frustrações.

É esse apoio contínuo e o acompanhamento regular para ajustar as estratégias conforme a necessidade de cada pessoa, de maneira individual, que vai apoiar quem passa pela cirurgia bariátrica em toda a sua caminhada de recuperação.

O tratamento da obesidade não se resume a uma dieta, a uma medicação ou a uma cirurgia. É algo contínuo e multidisciplinar que vai tratar, a fundo e de maneira eficaz, uma pessoa que quer perder peso e ganhar saúde.

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