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Terapia e felicidade, com Priscila Conte Vieira

A psicóloga Priscila Conte Vieira (CRP 08/30418), especialista em psicologia positiva, auxilia você a ter uma vida mais leve e mais feliz!
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Persistir ou Teimar: como saber a hora de parar

Por Priscila Conte Vieira
24 ago 2024, 08h00
Atleta de corrida
Como em uma corrida, é precisa saber quando acelerar e quando diminuir o ritmo (Jupiterimages/Thinkstock/Getty Images)
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Até onde insistir é um sinal de força e perseverança e onde começa a teimosia que nos faz mal? Até que ponto vale a pena continuar lutando por algo e quando é hora de aceitar que talvez seja melhor seguir outro caminho? Esses questionamentos fazem parte da vida de todos nós, e muitas vezes, a resposta não é tão clara.

No dia a dia, estamos constantemente enfrentando situações onde nos perdemos nessa dicotomia. Por vezes tentamos nos apegar tanto à idealização de sonhos e desejos que não queremos lidar com a concretude dura da realidade, para abrir mão de algo ou recalcular a rota. Ou então, pense em quantas vezes você já se forçou a continuar em algo que não fazia mais sentido, simplesmente pois acreditou que desistir seria um sinal de fraqueza. É comum associarmos a ideia de desistência com fracasso, mas será que essa é a única verdade? 

Há uma diferença enorme entre persistir e teimar, embora, muitas vezes, ela seja difícil de enxergar. A teimosia nos faz ignorar os sinais de que algo não está funcionando, de que estamos nos desgastando além do necessário. Insistir em algo que está nos fazendo mal, que consome nossas energias e que não traz mais alegria ou crescimento pode, na verdade, ser um prato cheio para o sofrimento.

Isso pode se apresentar naquela tarefa que você insiste em fazer sozinho, mesmo sabendo que pedir ajuda tornaria tudo mais fácil e menos estressante. Ou aquela decisão que você se recusa a reconsiderar, mesmo com todas as evidências apontando que mudar de ideia seria o mais sensato. Essa teimosia pode estar te afastando de novas oportunidades, novas formas de enxergar o mundo e, principalmente, de cuidar de si mesmo.

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Saber quando parar é tão importante quanto saber quando continuar. Aceitar a realidade, mesmo que ela não corresponda às nossas expectativas, é um sinal de maturidade. Significa estar disposto a reconhecer que, apesar de todo o nosso esforço, nem tudo está sob o nosso controle. E está tudo bem!! Isso não é desistir, mas sim entender que a vida é feita de ciclos e que, às vezes, é necessário ajustar o rumo, redefinir nossos planos e, em alguns casos, deixar ir.

Até onde você deve ir para alcançar seus objetivos? Como saber se o que você está perseguindo ainda é possível ou se está caminhando para o impossível? A diferença entre o possível e o impossível muitas vezes está em como percebemos as situações e nas limitações que impomos a nós mesmos. Ou seja, só você poderá dizer! 

Aqui vão algumas dicas para te auxiliar nessas questões:

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  1. Escute seu corpo e sua mente: preste atenção aos sinais de estresse, cansaço e exaustão. Se persistir em algo está te desgastando mais do que beneficiando, é hora de reconsiderar.
  2. Defina prioridades claras: entenda o que é realmente importante para você. Isso ajudará a focar seus esforços no que realmente vale a pena e a evitar gastar energia em situações sem retorno.
  3. Aceite o que você não pode mudar: aprender a diferenciar o que está ao seu alcance e o que não está é essencial para evitar frustrações desnecessárias.
  4. Desenvolva a flexibilidade: esteja aberto a mudar de rumo, a adaptar seus planos e a se reinventar quando necessário. A rigidez pode levar ao desgaste, enquanto a flexibilidade promove crescimento.
  5. Pratique o desapego: nem tudo que desejamos ou perseguimos é o que realmente precisamos. Aprender a soltar pode trazer uma sensação de leveza e liberdade.
  6. Busque equilíbrio: equilibrar trabalho, vida pessoal e tempo de descanso é fundamental. A dedicação cega a um único aspecto da vida pode levar a um desequilíbrio perigoso.
  7. Cultive a paciência: nem tudo acontece no tempo que esperamos. A paciência nos ajuda a lidar com as incertezas e a aceitar o processo como parte da jornada.
  8. Reconheça seus limites: não se trata de se limitar, mas de reconhecer até onde você pode ir sem se prejudicar. Respeitar esses limites é um ato de amor-próprio.
  9. Desenvolva a autocompaixão: seja gentil consigo mesmo. Aceite suas falhas e limitações sem se punir. A autocompaixão nos dá a força para continuar sem nos destruirmos no processo.
  10. Cerque-se de apoio: conversar com amigos, familiares ou profissionais pode ajudar a ganhar perspectiva. Às vezes, uma visão externa nos ajuda a ver a realidade com mais clareza.

Persistir é uma virtude, mas saber quando parar é uma verdadeira sabedoria. A vida é um equilíbrio constante entre esforço e aceitação, entre o possível e o impossível. Ao entender essa dicotomia, podemos viver com mais leveza, aproveitando a jornada sem nos sobrecarregar com expectativas irreais. Escutar a si mesmo, redefinir caminhos e aceitar o que não podemos mudar nos permite crescer de forma saudável, respeitando nossos limites e encontrando a verdadeira satisfação em nossos esforços.

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