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O que acontece com o corpo quando deixamos de comer carboidratos?

Uma parte importante da produção de energia do organismo, a falta de carboidratos pode gerar cansaço e até dores de cabeça

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 15 dez 2022, 11h57 - Publicado em 15 dez 2022, 08h00

Um pãozinho aqui, uma massa acolá, um bolo na hora do café… Sejamos sinceras, carboidratos são uma delícia! E é claro que eles não ficam restritos às delícias da padaria: arroz e algumas frutas, por exemplo, são ótimas fontes desse macronutriente. Mas se você já pensou em parar de comer carboidratos por conta do seu peso ou saúde… Melhor continuar lendo! Esse é o assunto que vamos destrinchar nos parágrafos abaixo. 

COMO OS CARBOIDRATOS AGEM NO ORGANISMO

“Os carboidratos são considerados o combustível do nosso corpo. Desempenham o papel de gerar energia para o organismo funcionar. É por meio da glicose (forma como o carboidrato é metabolizado pelo corpo) que conseguimos usar essa energia”, explica o Dr. Eduardo Rauen, médico nutrólogo e do esporte, cofundador da healthtech Liti. 

Por conta dessa função, é importante pensar duas vezes antes de cortar completamente o carboidrato da rotina alimentar. Isso porque, quando paramos de consumi-lo, o nosso corpo altera a forma de obter energia e realizar as suas funções. 

“Quando o estoque de carboidrato é reduzido, passamos a usar a gordura como fonte energética”, explica. “Em casos graves, nos quais temos um processo de desnutrição, o corpo pode precisar usar a nossa massa muscular para gerar energia. Tanto a gordura quanto as proteínas do músculo são transformadas em carboidratos para suprir a demanda energética.”

O QUE ACONTECE QUANDO NÃO COMEMOS CARBOIDRATOS? 

Por um lado, o uso da gordura como energia pode ser benéfica para o nosso metabolismo, pois o corpo aprende a exercer suas funções sem depender dos carboidratos. Isso pode ser uma vantagem no emagrecimento e até mesmo para a melhora da performance no esporte, em alguns casos. 

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“Uma alimentação sem carboidratos ou com teor reduzido desse nutriente pode ser benéfica para algumas pessoas, mas não para todas. É preciso testar como o seu corpo responde a esse tipo de estratégia alimentar, e, caso a resposta seja boa, as vantagens refletem em uma boa composição corporal (quantidades adequadas de gordura e músculo), melhora do sono, da disposição e do hábito intestinal”, continua o especialista. 

No geral, ajustes alimentares devem sempre ser feitos acompanhados por profissionais de saúde. Isso porque apenas um médico pode ficar atento às necessidades metabólicas de cada um e individualizar a dieta de acordo. Caso essa demanda não seja suprida, o resultado pode ser um corpo indisposto, sensação de fadiga, dor de cabeça e até mesmo irritabilidade.

“Caso o carboidrato seja substituído por uma alimentação com déficit de nutrientes, pode gerar também um quadro de má nutrição”, diz. “Quando diminuímos ou retiramos os carboidratos devemos ter o cuidado de equilibrar a alimentação com nutrientes e outras fontes energéticas, como um bom aporte de proteínas, de frutas e de vegetais ao longo do dia. Assim, evitamos que o organismo tenha algum tipo de desnutrição, de falta de energia ou algum desses sintomas descritos.”

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