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Como a alimentação impacta na saúde da memória

Alimentos podem causar efeitos surpreendentemente positivos e negativos na memória

Por Victoria Theonila
29 mar 2023, 12h36

A alimentação equilibrada é responsável por fornecer ao nosso organismo — e principalmente ao nosso cérebro — os nutrientes essenciais para mantê-lo saudável e funcionando de forma adequada. “O cérebro é um órgão que consome uma grande quantidade de energia e nutrientes para funcionar adequadamente, e a alimentação é a principal fonte desses recursos”, explica o Dr. Pedro Andrade, pós-graduado em nutrologia, endocrinologia e envelhecimento saudável. Logo, o que você come impacta no sistema imunológico, disposição, qualidade do sono, estresse e até na saúde da memória. “Uma alimentação equilibrada e saudável, rica em nutrientes como ômega-3, vitaminas do complexo B, vitamina E, ferro e antioxidantes, pode ajudar a preservar a saúde do cérebro e melhorar a memória”, continua. 

ALIMENTOS BONS PARA A SAÚDE DA MEMÓRIA

Uma alimentação mais rica em antioxidantes pode ter um impacto protetor para o neurônio, para as células que protegem os neurônios, bem como para a sinalização adequada dos neurotransmissores. Estes fatores, por sua vez, refletem na capacidade atencional e também na capacidade de fixação da memória”, analisa a Dra. Mariela Silveira, nutróloga e especialista em Medicina Integrativa.

Conheça os principais alimentos que turbinam a memória e também os alimentos que alteram e impactam negativamente, segunda a médica:

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“Eles são ricos em antioxidantes e podem ser benéficos para a saúde da memória”, diz.

Os bons alimentos citados ajudam a reduzir os danos dos radicais livres e características anti-inflamatórias. “É indispensável uma dieta rica em pelo menos 4 porções de verduras, legumes e frutas por dia. Vale incluir também oleaginosas e proteínas de boa qualidade como ovos, peixes de águas frias e algas”, acrescenta Silveira.

ALIMENTOS RUINS PARA MEMÓRIA

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“Por outro lado, uma alimentação rica em açúcares e carboidratos refinados, gorduras saturadas e alimentos processados pode ter um impacto negativo na saúde da memória e por isso, devem ser evitados ou consumidos com moderação. Isso porque, o consumo excessivo desses alimentos pode levar a um aumento da inflamação no cérebro e a um estresse oxidativo, o que pode prejudicar a função cognitiva e a memória”, conta Andrade.

“As evidências têm mostrado que alimentos considerados ruins podem incluir os  ultraprocessados, como super industrializados, frituras, corantes, estabilizantes e aromatizantes”, complementa a nutróloga.

Uma dieta rica nos alimentos classificados como “ruins” para a memória, assim como a falta de atividade física e até o excesso de peso, também podem contribuir para o declínio da saúde.

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“Esses alimentos conduzem ao dano oxidativo e inflamatório, aumentam doença vascular cerebral, desregulam microbiota intestinal, diminuem a absorção de vitaminas e minerais, prejudicam a síntese de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina”, explica Silveira.

Além disso, um fator “natural” que pode causar a perda de memória, tem a ver com o envelhecimento e a idade, mas isso pode ser prevenido com bons hábitos. “É importante adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, exercícios físicos e atividades mentais desafiadoras, para manter a saúde cerebral. Um sono adequado, redução do estresse e evitar hábitos como o consumo excessivo de álcool, tabagismo e sedentarismo, também são importantes para a manutenção da boa memória”, indica Andrade.

Dra. Silveira alerta

“Outros fatores que também podem causar alterações na memória são o Alzheimer, diversos tipos de demência, enfermidades psiquiátricas, depressão, ansiedade, uso de entorpecentes e abuso de álcool, uso de medicamentos, enfermidades clínicas (como covid), desnutrição global, baixa B12, insônia crônica, entre outras.
Por isso, consultar um médico é fundamental para identificar e tratar qualquer problema de memória.”

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